sexta-feira, 19 de junho de 2020

DESABAFO DE UM HOMEM HONESTO


VOU-ME EMBORA !!! Assim que passar a pandemia e me sentir seguro o suficiente pra voltar às ruas, penso, seriamente, em sair da cidade do Rio de Janeiro, do estado e, quem sabe, do país... Não consigo vislumbrar qualquer futuro bonito para a nossa Cultura, mesmo tendo, hoje, à frente da Secretaria de Cultura (detesto o complemento "Economia Criativa", criação do tal Ruan Lira) uma mulher excepcional, como a Profª Danielle Barros... Hoje, existem instituições culturais e educacionais, aqui no Rio, nas mãos de apadrinhados políticos. Não dá pra se lutar contra isso nem agora e nem daqui a vinte anos... Antes de ser defenestrado do MIS, eu ganhava, após 16 anos junto à instituição, 1.800 reais. Na verdade, eram 1.600, por causa do desconto de um consignado. Há poucos dias, vi uma cidadã, que morava a uma distância de 100 quilômetros do trabalho, com a minha mesma função, ganhando 6.850 reais na FAETEC, e que possuía como única qualificação ser mãe de um político. PQP !!! Isso é pra arrebentar com o emocional de qualquer um, né? Tem futuro uma cidade ou estado nas mãos dessas pessoas? Vejam, por exemplo, a CASA DE CULTURA LAURA ALVIM... Vcs sabem há quanto tempo eu frequento, ou frequentei, aquela casa? 50 ANOS !!! Eu disse 50 ANOS !!! E há dez eu vivo publicando aqui no face a respeito da minha amizade e convívio com a Família Alvim... E dá pra entender como eu não estou à frente daquela instituição ou mesmo fazendo parte da sua equipe? Claro que dá... Nunca tive pistolão político... Imaginem... Eu vivia naquela casa... Eu vi todas as transformações do decadente casarão até as construções que tanto o descaracterizaram... Eu sabia a história de cada metro quadrado daquele lugar... Sabem essa senhora ai da imagem? Foi amiga do dono da casa, o Dr. Álvaro Alvim, pai de minhas queridas Laura e Marianna e passou vários dias hospedada na casa dos Alvim. Era ninguém menos que a cientista polonesa, naturalizada francesa, MARIE CURIE, ganhadora de dois Prêmios Nobel. Pois é... Sei até o quarto em que ela dormia com a mãe. Mas acredito que nem existe mais esse aposento no palacete. Acho que tudo virou um restaurante... Uma cidade sem respeito a seu passado... E o piano em que ERNESTO NAZARETH tocava, o Bernstein de 1/4 de cauda? Encontra-se, hoje, em um canto do foyer do segundo andar do Teatro João Caetano, conforme verifiquei faz alguns meses, aguardando sabe-se lá que fim... E como perguntava o meu querido Ankito naquela canção: Tá certo isso?

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