Donald Trump, a Máfia e o Negócio do concreto
Em seu livro, The Art of the Deal, Donald Trump se gabou ao querer construir um casino em Atlantic City, ele convenceu o procurador-geral do Estado a limitar a investigação de sua origem a seis meses. A maioria dos potenciais proprietários foram examinados por mais de um ano.
Na época,Trump argumentou que estava “limpo como um assobio” – e que não tinha tempo para entrar em qualquer tipo de problema. Um caso estranho é que ele teve a verificação de seus antecedentes acelerada e acabou por receber a licença do casino.
Mas Trump não era limpo como um assobio.
Começando três anos antes, ele havia contratado empresas de mafiosos para erguer a Trump Tower e seu prédio Trump Plaza, em Manhattan, incluindo a compra de concreto ostensivamente caro de uma empresa controlada por chefes da máfia Anthony “Fat Tony” Salerno e Paul Castellano.
Trump não apenas fazia negócios com empresas de concreto mafiosas, mas ele também provavelmente encontrou-se pessoalmente com Salerno na sua “town-house”, junto a seu poderoso advogado Roy Cohn, em uma reunião relatada por um funcionário de Cohn que disse estar presente.
Algumas das ligações de Trump com a Mafia foram investigadas pelo FBI e motivadas até um tribunal de justiça.
Agora que Donald Trump é Presidente dos Estados Unidos, achamos significativo relatar sobre o padrão de relações comerciais dele com os mais importantes mafiosos na década de 80 em Nova York, a fim de entender o que realmente aconteceu.
A historia
Após graduar-se em 1968 pela Universidade da Pensilvânia, um jovem rico dos bairros mais afastados da cidade de Nova York, encontrou sua fortuna na ilha de Manhattan. Dentro de alguns anos Donald J. Trump tinha feito amizade com o personagem mais notório da cidade, o advogado Roy Cohn, que se tornou famoso como advogado principal ao senador Joseph McCarthy.
Entre outras coisas Cohn era um conselheiro da Máfia, entre seus clientes, estava “Fat Tony” Salerno, chefe da família Genovese, a mais poderosa em Nova York, e Paul Castellano, cabeça do que foi dito ser a segunda maior família, os Gambinos.
Esta conexão de negócios se tornou útil quando Trump começou a trabalhar no que viria a ser a “Trump Tower”, arranha-céus de 58 andares onde ele ainda reside quando não está em sua propriedade Flórida.
Havia algo um pouco peculiar sobre a construção da Trump Tower, e sobre os subsequentes projetos de Trump em Nova York. A maioria dos arranha-céus são a construção feitas com viga de aço, e isso era especialmente verdadeiro na década de 1980.
Alguns usam concreto pré-moldado. Trump escolheu o mais caro e, de algumas maneiras, o método mais arriscado: o cimento pronto.
O mix de concreto pronto tem algumas vantagens: pode acelerar a construção, e não requer a dispendiosa ignificação. Mas deve ser derramado rapidamente ou ele vai endurecer na betoneira dos caminhões de entrega, arruinando-os, bem como a criação de problemas dispendiosos com o próprio edifício.
Isso deixa os construtores vulneráveis aos sindicatos: todo canteiro de obras é controlado pela união sindical, por isso, mesmo uma breve desaceleração de trabalho pode se transformar em um desastre muito caro.
Você lembra daquela história de que algumas obras de Nova York só podiam ser construídas se a máfia autorizasse?
Salerno, Castellano e outras figuras do crime organizado controlavam o negócio de mistura de concreto pronta em Nova York, e todos na construção sabiam disso.
Trump acabou não só utilizando cimento pronto, mas também o pagava com preços inflados a S & A, uma empresa de fachada de Salerno e Castellano.
Salerno e Castellano e outras famílias da máfia não só controlavam o negócio do concreto, mas também a maioria dos sindicatos envolvidos na entrega e na realização.
A esta altura dos fatos, a história relata que o empreiteiro geral que construiu a Trump Tower, Irving Fischer junto com o sindicato, estavam se atrasando na construção de Donald, prejudicando toda a cadeia de produção e os mafiosos incluídos.
O mesmo Fischer em uma entrevista afirmou que, uma vez alguns “capangas” invadiram seu escritório, segurando uma faca na garganta de sua telefonista: assim a Mafia estava exigindo punho de ferro sobre os sindicados.
Mas com Roy Cohn como seu advogado, Trump, aparentemente, não tinha razão para temer pessoalmente Salerno ou Castellano – pelo menos, não, uma vez que ele concordou em pagar preço inflado do concreto.
Esta é somente parte da história que poucos conhecem. E você quer saber mais a respeito do negócios da máfia? É só procurar no site. Nos siga nas redes sociais para receber atualizações em primeira mão
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