Desde 2012, quando abandonei as ciências jurídicas e sociais, venho desenvolvendo as minhas habilidades e expertises a partir de um processo de aprendizagem autônomo, curioso, plural e direcionado aos meus objetivos de ter uma vida rica em conhecimento e experiências em todas as áreas, incluindo o trabalho. O trabalho faz parte de muitos universos que orbitam a minha vida e hoje lido com isso com saúde. Ele não é a minha vida inteira e tenho paz em falar que essa foi a melhor forma de encarar o labor.
Conheci o modelo "Home office" neste longínquo ano de 2012 e desde então venho travando batalhas do bem para que mais empresas onde trabalhei, colaborei e hoje, presto consultoria/curadoria, entendam sobre a não necessidade de controle quando se confia nos profissionais que você contrata.
Em 2020 decidi pelo nomadismo.
- E dai se estou na beira da praia se entrego o que me proponho a entregar? Falamos quando contratamos sobre localização ou sobre comprometimento?
Poder optar por trabalhar de qualquer lugar é um grande privilégio, de poucos. Privilégio este que envolve recurso financeiro e acordos corporativos para que o colaborador se sinta confortável em fazer a sua escolha. Mas OPTAR por como e onde trabalhar deveria ser desmistificado.
Ouvi frases como "o olhar do dono que engorda o gado", "o chefe precisa manter os colaboradores com medo, uma cenoura na frente e outra atras". Coisas absurdas sobre necessidade de controle e uma tortura exaustiva. Quantos ainda trabalham assim? E que pavor imaginar quantas pessoas ainda trabalham nesse sistema?! E quantas pessoas precisam encarar o trabalho como único grande evento da vida? Que pressão!
Enquanto a cultura do controle ainda for o modus operandi das grandes e médias empresas, essa forma de trabalho vai ser "glamourizada" ou "demonizada". A desmistificação deste comando/controle fordiano, antiquado e destrutivo e da hierarquia dura vai ensinar que trabalho pode ser sobre colaboração MESMO.
O empregador não é dono do colaborador, parceiro, prestador de serviço. O que fazemos são acordos e trocas. E nosso tempo, coisa mais relevante da nossa vida, está sendo comercializado neste acordo.
A partir daí, poderemos confiar em entregas, indiferente do local do profissional e voltar ou não para o office não será tão místico assim.
ESTELA T.D. ROCHA
Nenhum comentário:
Postar um comentário