terça-feira, 3 de agosto de 2021

HISTÓRIA DO HOTEL DA GLÓRIA


" Sua construção foi uma iniciativa do empresário Rocha Miranda, por meio da Companhia de Hotéis Palace, para ser o primeiro hotel cinco estrelas do Brasil. Foi inaugurado em 15 de agosto de 1922, em paralelo à Exposição Internacional de 1922, realizada em comemoração ao centenário da independência do Brasil.

O projeto do edifício foi de Joseph Gireo mesmo arquiteto que projetou o Copacabana Palace Hotel, em estilo neoclássico e dotado de teatro, cassino, salões de festas e de jogos, áreas de lazer e 150 quartos. Sua construção foi auxiliada por engenheiros alemães. Foi o primeiro prédio em concreto armado da América do Sul e o primeiro a receber a classificação de cinco estrelas no Brasil.

Devido à sua proximidade com o centro financeiro e político da cidade do Rio de Janeiro, o Hotel Glória sempre abrigou grandes artistas do cinema, cantores, políticos e chefes de Estado, além de sediar eventos como convenções, congressos e bailes de formaturas. Uma de suas marcas foi o concurso de fantasias de carnaval, que teve 34 edições até o ano de 2008. Nesses eventos, Clóvis Bornay e Evandro de Castro Lima sempre eram figuras de destaque.

Fechamento e abandono
Em 2008, após 86 anos de atividade e 50 anos como propriedade da família de Eduardo Tapajós, o hotel foi vendido ao empresário Eike Batista por R$ 80 milhões. Na ocasião da compra, o empresário anunciou que pretendia "resgatar o charme dos anos 1920", transformar o hotel para o padrão "seis estrelas" e colocá-lo "entre os dez melhores hotéis do mundo".


Após o início de uma reforma completa, em 2009, houve denúncias a respeito da desfiguração de sua arquitetura original, que não teria sido autorizada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural Essas irregularidades não foram constatadas pelas autoridades competentes.
Em agosto de 2010, o BNDES anunciou um financiamento de R$ 146,5 milhões para a reforma do hotel, dentro da linha "ProCopa Turismo", visando a Copa do Mundo de 2014. Em 2013, porém, veio a falência do Grupo EBX, de Eike Batista, e as obras foram paralisadas.


No início de 2014, Eike Batista vendeu o hotel por cerca de R$ 500 milhões para o fundo suíço Acron AG, que tinha o objetivo de reinaugurar o local para as Olimpíadas de 2016.[8] Porém, as obras não foram reiniciadas, supostamente pelo fato de o empresário não ter providenciado certidões e outros documentos legais necessários para efetivar a compra, e o fundo Acron acabou desistindo do negócio, formalizando o distrato da compra no início de 2016.
Logo após desfeito o primeiro negócio, o empresário vendeu novamente o hotel, desta vez para o fundo soberano de Abu Dhabi, o Mubadala. O valor da transação não foi divulgado.


O abandono das obras tem provocado transtornos na região, desvalorizando imóveis e preocupando moradores com o aparecimento de criadouros de mosquitos transmissores de doenças como dengue, zika e chikungunya. Em nota datada de março de 2016, Eike Batista lamentou o transtorno à população carioca e disse acreditar que os novos proprietários estariam empenhados em encontrar uma solução satisfatória. Acrescentou que o local era dedetizado duas vezes por semana e que uma empresa seria contratada para drenar a água parada. O fundo Mubadala não se manifestou por3ém, até fevereiro de 2018 os novos proprietários ainda não reiniciaram as obras de reforma, o imóvel continua em ruínas, os problemas causados pelo abandono continuam e o futuro do local é incerto."

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