Por ordem da facção criminosa Bonde do Maluco, os enterros no Cemitério Municipal de Periperi, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, só podem acontecer pela manhã. Conforme revelado pelo jornal Correio, a determinação acontece porque no restante do dia e à noite, covas são usadas como ponto de venda de drogas e também para depósito de armas.
"São eles que ficam usando e vendendo drogas. A ordem que deram é para enterrar até o meio-dia, e assim fizemos para sepultar um parente que faleceu de causa natural. Ninguém é maluco de não acatar, porque já sabe o que acontece com quem desobedece. Então, a partir da tarde, o cemitério é todo deles. Das 8h às 12h30, 13h, fica gente deles nos muros, só observando a movimentação de gente e, a partir da tarde, começam a ocupar a área do cemitério. Até armas escondidas já foram encontrada lá", contou em anonimato o familiar de um morto enterrado no local.
Outra preocupação é com a frequência de roubos no equipamento. Por conta dos constantes casos de violência, agentes da Guarda Municipal atuam no local para evitar assaltos. “o apoio da Guarda Civil Municipal durante a execução dos serviços de roçagem e capinação no cemitério é necessário a fim de salvaguardar a integridade física dos agentes de limpeza", informou a Secretaria de Ordem Pública (Semop).
Por meio de notas, as Polícia Civil e Militar afirmaram que desconhecem a situação. A PC informou que "na 5ª DT/Periperi, unidade que cobre a área citada, não consta nenhuma ocorrência com essas informações". A reportagem também entrou em contato com a Polícia Militar. "De acordo com a 18ª CIPM, a informação é improcedente e a unidade não recebeu nenhuma demanda neste sentido", diz nota da PM.
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