sábado, 3 de junho de 2023

DESCOLONIZANDO


O primeiro professor negro a concorrer ao cargo de diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (FMB/Ufba), em 215 anos de história, foi eleito para o posto na quinta-feira (25). Antônio Alberto Lopes @aalopesufba teve a maioria dos votos dos alunos, docentes e servidores da universidade em votação ocorrida à noite. O diretor eleito ingressou como professor da FMB em 1980 e é membro da Academia de Medicina da Bahia. O professor é titular do Departamento de Medicina Interna e Apoio Diagnóstico da Ufba. Imagem: correio da Bahia

Sávio Costa Conceição




Você já passou pela rua Caetano Moura em Salvador no bairro da Federação? Você sabe quem foi este homem???
Caetano Lopes Moura (1779-1860) foi um médico negro nascido em Salvador e filho de africanxs escravizadxs.
Aos 18 anos anos de idade, envolveu-se com a “Conspiração dos Búzios”, assim chamada porque seus adeptos usavam um pequeno búzio preso à corrente do relógio.
Descoberto o movimento revolucionário, Caetano Moura foge para Portugal e, depois de muitas agruras, matricula-se na Universidade de Coimbra, pela qual se formou em Medicina.
Médico, alistou-se no Corpo de Saúde do exército português e participou, como cirurgião, da Guerra da Península. Restabelecida a paz, transferiu-se para a França e dedicou-se, com inegável sucesso, à clínica privada.
Após o estafante trabalho do dia, dedicava-se, varando a noite, ao estudo, produzindo obras de grande valor científico e cultural e traduzindo para o português, os grandes autores franceses, ingleses e alemães.
Caetano Moura entrou no exército francês, como cirurgião. Sua fama logo chegou ao conhecimento de Napoleão Bonaparte, o qual, impressionado, convidou-o para ser seu médico particular. Na condição de médico do Imperador, obteve muita fama, tornando-se conhecido e respeitado por condes, duques e marechais. Com a derrota de 1814, Napoleão foi exilado e Caetano Moura caiu no ostracismo.
Aos 67 anos de idade, voltou para o Brasil e passou a residir no Rio de Janeiro onde, sem recurso financeiro, teve de enfrentar grandes necessidades, chegando a mendigar, nas ruas da cidade. A notícia chegou ao Palácio Imperial e D. Pedro II concedeu-lhe modesta pensão com a qual sobreviveu, até os 81 anos de idade.

Sávio Costa Conceição




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Quando se fala em Etiópia, qual a primeira coisa que vem a sua mente??? Fome? Miséria? Crianças desnutridas??? Na minha mente vem o grandioso império de Axum, na minha mente vêm grandes mulheres cientistas, tais como a bióloga botânica Segenet Kelemu (1957 - ).
Segenet Kelemu é uma cientista etíope, conhecida por sua pesquisa sobre patologia molecular de plantas. Por cerca de três décadas, Kelemu e sua equipe de pesquisa têm contribuído para melhorar as condições agrícolas na África, Ásia, América Latina e América do Norte.
Esta bióloga africana descobriu como reproduzir as plantas mais resistentes às doenças e às alterações climáticas, a fim de alimentar o gado de uma forma ecologicamente sustentável. Laureada com o prémio L’Oréal-UNESCO para a Ciência em 2014, foi a primeira mulher a integrar a Universidade da Etiópia, e hoje dirige o Centro Internacional de Fisiologia dos Insetos e de Ecologia (ICIPE), em Nairobi, no Quénia.
Desde 2013, Kelemu é diretora-geral do Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insetos, o único instituto africano dedicado à pesquisa sobre insetos e outros artrópodes. Anteriormente, foi diretora de Biociências da África oriental e central (BecA); vice-presidenta de Programas da Aliança para uma Revolução Verde na África (AGRA) e a líder de Plantação e Agro-ecossistema de Gestão de Saúde do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT).

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