domingo, 11 de junho de 2023

PETROBRAS: UM MUNDO DE FANTASIA

 

Petrobrás cria um mundo de fantasia que acabará em desastre, diz editorial do Estadão

Petrobrás cria um mundo de fantasia que acabará em desastre, diz editorial do Estadão
Foto: Reprodução/Maria Magdalena Arrellaga/Bloomberg/Getty Images.

O presidente da estatal, Jean Paul Prates, indicou que a companhia vai apostar em projetos em países como Bolívia, Venezuela e Guiana  

A intenção da Petrobras de “revisitar” investimentos em países da América do Sul “demonstra a quão atrelada ficará a estratégia comercial da empresa aos anseios geopolíticos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva”. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, indicou que a companhia vai apostar em projetos em países como Bolívia, Venezuela e Guiana.

m editorial publicado neste sábado, 10, o jornal Estado de S. Paulo fez críticas ao retorno da internacionalização sul-americana da estatal petrolífera. A “ideia” de Prates foi comunicada durante a reunião de chefes de Estado realizada no final de maio em Brasília.

“Espera-se que, no mínimo, seja submetida ao crivo dos acionistas e à avaliação de viabilidade econômica. Mas é um aperitivo do que a atual direção da companhia oferece acerca do plano estratégico em andamento.”

Em encontro com o presidente da Bolívia, Luís Arce, Prates manifestou a intenção de retomar investimentos em exploração de petróleo, gás e refino.

A Petrobras já respondeu por 18% do Produto Interno Bruto boliviano e 24% da arrecadação de impostos do país até ser atropelada, em 2006, pelo decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos do então presidente Evo Morales, que ordenou a ocupação das refinarias da Petrobras pelo Exército boliviano.

“O desembarque forçado foi seguido de desinvestimentos contínuos na América do Sul a partir de 2015, depois do escândalo da Lava Jato, que deixou como saldo um endividamento brutal, além de uma imagem profundamente manchada pela corrupção.”

Na Venezuela, por exemplo, a parceria para construir a Refinaria Abreu e Lima rendeu uma obra bilionária que teve de ser reestruturada porque a Venezuela não fez investimentos. Pelo contrário, acumulou uma dívida com o Brasil que passa dos R$ 6 bilhões.

“Planos de cunho político não devem nortear decisões empresariais, como mostram as experiências do passado recente da própria Petrobras”, afirmou o jornal.

Créditos: Revista Oeste.

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