Você sabia que a marca Corona comprou um terreno em Pernambuco para impedir a construção de um prédio que bloquearia a luz do sol na praia?
Isso mesmo.
Uma empresa privada demonstrou mais consciência sobre a cidade do que muitas prefeituras pelo país afora.
Quando o público falha, precisamos de uma marca de cerveja para garantir o sol da praia, porque confiar nos gestores municipais está cada dia mais difícil.
Prefeituras, ao invés de protegerem, criam leis e PDDUs que permitem que as praias fiquem na sombra. Muitos prefeitos, para atenderem aos interesses dos amigos da especulação imobiliária, apagam o sol da praia horas antes do pôr do sol.
Brincam de ser Deus — e muitos, de fato, se acham deuses e donos da cidade, com o suposto direito de depredá-la, de depreciá-la em nome de resultados imediatos, prometendo um progresso vazio que sacrifica o futuro da cidade e das pessoas.
Em pleno país tropical. Em pleno litoral.
As cidades do Nordeste vivem o verão de janeiro a janeiro. Logo, não se trata apenas de sol.
É sobre lazer. É sobre vida. Qualidade de vida. Ésobre quem vive do que o sol traz: turismo, comércio, cultura.
Quando a ganância põe sombra onde deveria haver luz… quando se põe cinza onde deveria haver verde… é a cidade inteira que perde.
Não é só o sol que some.
É a dignidade de quem vive da praia que desaparece junto com ele.Todas as reações:

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