terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

OUTROS CARNAVAIS

CLÁUDIO MARQUES

cineasta

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Foto de Pattaya, Tailândia.

Hotéis e pousadas do Centro Histórico estão com ocupação de cerca de 30% nesse carnaval. É o pior ano, diz amigo dono de um dos mais lindos hotéis do Brasil. Aliás, esse amigo sempre foi um eterno e incorrigível otimista. Ele era um otimista. "O ano passado foi horrível para a hotelaria em Salvador. Espere e veja quantos hotéis vão fechar as portas depois".

Amiga que possui pousada referência pela simplicidade e elegância confirma a decepção. "Talvez na Barra, aqueles albergues.... talvez eles estejam cheios".

Eu cresci com a ideia na cabeça de que Salvador era uma cidade que recebia muitos turistas estrangeiros. Não é verdade. A bem da verdade, nós somos famosos e importantes para o país, mas desconhecidos lá fora. De um modo geral. Tenho confirmado isso a cada nova viagem que faço.

Cerca de 350 mil turistas estrangeiros chegam em Salvador por ano, mas poucos ficam na capital. 

"Fazer o quê aqui, se mal posso andar pelas ruas do Centro Histórico?", me disse um amigo estrangeiro. 

Os turistas de fora vão, em sua maioria, para Morro de São Paulo, Litoral Norte e Chapada Diamantina. Isso quando ficam na Bahia. Muitas vezes, se utilizam dos vôos da TAP e AIR Europa para entrarem no país. 
Mas não ficam.

Salvador, como destino turístico, não chega aos pés de Pattaya (Tailândia), por exemplo, que recebe cerca de 8 milhões de turistas por ano. Ou Istambul (Turquia), com 13 milhões de turistas. Paris (França) recebe 15 milhões e Bangkok (Tailândia) recebe 19 milhões. 

Todas essas cidades recebem muitos mais visitantes que o Brasil, como um todo: 6 milhões de turistas estrangeiros por ano.

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