Salvador fica em último lugar em ranking de divulgação de dados públicos
por Júlia Vigné
A capital soteropolitana tem 5% de transparência em suas bases de dados, de acordo com o Índice de Dados Abertos para Cidade em 2018.
No aspecto de abertura das bases, a cidade ficou em uma posição melhor, com 55%, em antepenúltimo lugar. Apesar de reconhecer “um esforço” para tornar os dados públicos, Salvador não atinge aos critérios definidos para a divulgação dos dados, de acordo com a pesquisa, que foi realizada em Salvador pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela organização OpenKnowledge Brasil, em parceria com o Núcleo de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal da Bahia (BA) e com entidades locais da sociedade civil.
O portal de transparência, divulgado pela cidade, é elogiada pela pesquisa.
No entanto, ela cita que existem problemas nos dados disponíveis.
Transporte Público, por exemplo, apresentou problemas em sete dos oito pontos analisados.
São eles: dataset incompleto, acesso restrito, desatualizado, dificuldade de localizar dados, indisponibilidade de formato aberto, download da base completa indisponível, dificuldade de trabalhar os dados e licença não transparente.
Mapas da Cidade, registro de empresas e compras públicas também apresentaram problemas em seis dois oito pontos e não foram localizadas bases de dados sobre “qualidade do ar e propriedade da terra”.
A divulgação das leis municipais também foi detectada como insuficientemente disponível. Os problemas mais frequentes encontrados pela pesquisa foram indisponibilidade de formato aberto, em 70% dos datasets, e download da base completa indisponível em 64%. No total das cidades, 136 bases foram avaliadas e apenas 25% delas foram consideradas de acordo com a definição de dados abertos.
Em estatística de criminalidade, a capital soteropolitana apresentou resultados positivos (85%), além de dados orçamentários da rede estadual e municipal de educação (90%) e dados eleitorais (100%).
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