Papa sugere vender bens da Igreja para ajudar pobres
O papa Francisco afirmou nesta quinta-feira (29) que o valioso patrimônio cultural
da Igreja Católica deve estar “a serviço dos pobres” e que sua eventual venda
não pode ser vista com “escândalo”.
As declarações estão em uma mensagem aos participantes de um congresso sobre
a gestão dos bens culturais eclesiásticos e a cessão de lugares de culto, realizado pelo
Pontifício Conselho para a Cultura e pela Conferência Episcopal Italiana (CEI).
“Os bens culturais são voltados às atividades de caridade desenvolvidas
pela comunidade eclesiástica. O dever de tutela e conservação dos bens da Igreja,
e em particular dos bens culturais, não tem um valor absoluto, mas em caso de necessidade
devem servir ao bem maior do ser humano e especialmente estar a serviço
dos pobres”, disse o Papa.
Segundo Francisco, a constatação de que muitas igrejas “não são mais necessárias
por falta de fiéis ou padres ou por mudanças na distribuição da população nas cidades
e zonas rurais deve ser vista como um sinal dos tempos que nos convida a uma reflexão
e nos impõe uma adaptação”.
Na mensagem, Jorge Bergoglio ressaltou que a cessão de bens da Igreja “não deve ser
a primeira e única solução”, mas também não pode ser feita sob “escândalo dos fiéis”.
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