Debaixo da marquise desse prédio, na rua Caetité, Rio Vermelho, tem um homem doente. Ele é morador de rua e costuma guardar carros da rua e da pracinha que fica na esquina juto à rua do Canal. É alimentado pelos restaurantes da área, que fecham no final de semana..
Ao vê-lo cambaleando, hoje pela manhã da minha área de serviços, pensei que estivesse bêbado. Levei café e cuscuz para ele e ração pra os cães, que parecem estar sempre com fome.
Perguntei se estava doente e ele disse que estava com chinkungunya e que o corpo todo doía. Que não conseguia comer. Não descia nada. Deitado sobre panos velhos, vi que tinha uma garrafinha de água e remédios que alguma boa alma tinha dado a ele.
Perguntei se tinha tomado a chuva toda que caiu à noite e ele disse que sim.
Temos quatro igrejas no bairro: de Santana, católica, a Universal de onde saíram os dois pastores que seviciaram e mataram o adolescente Lucas Terra, e que protegidos pela igreja fugiram para a África, a neo-pentecostal Lírios dos Vale e uma metodista cujo nome não sei. Igrejas que só servem aos seus fiéis e pagadores de dízimos.
E lá ficou ele e seus cães, esperando que a natureza tome suas providências.
A quem poderíamos pedir ajuda?
Nenhum comentário:
Postar um comentário