domingo, 7 de junho de 2020

LISBOA, CAPITAL VERDE 2020

Lisboa: Cruzeiros vão ter de ficar ligados à ficha elétrica no cais


Câmara de Lisboa anuncia cinco novidades no relançamento da Capital Verde Europeia 2020, para continuar a “escolher evoluir”.

Tão cedo não haverá navios de cruzeiro a atracar em Lisboa, mas a partir de finais de 2022 só poderão acostar no Porto da capital os navios que desligarem os motores auxiliares e se ligarem à rede elétrica existente no cais. “É uma grande notícia em termos de redução de poluição atmosférica e de ruído”, diz ao Expresso José Sá Fernandes.
O vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia da Câmara Municipal de Lisboa anunciou esta nova solução shore-to-ship esta sexta-feira, já com a confirmação por parte da Administração do Porto de Lisboa (APL) de que o projeto estará operacional dentro de dois anos. “Neste contexto de covid, a APL estima que antes de meados de 2021 não haverá navios de cruzeiro a acostar em Lisboa”, esclarece. De acordo com a autoridade portuária, o estudo de viabilidade técnico-económica deverá estar concluído até novembro e esperam que 70% dos novos navios estejam preparados para poderem ser ligados à ficha. A navegação é responsável por 2,6% das emissões antropogénicas globais de CO2 e as projeções apontam para que aumentassem entre 50% e 250% até 2050.

CINCO NOVIDADES

Esta é uma das cinco novidades anunciadas por Sá Fernandes no relançamento da Capital Verde Europeia 2020 em contexto covid. A pandemia levou ao adiamento de grandes conferências e eventos, mas a Câmara tem continuado a trabalhar em vários projetos ligados ao mote “escolhe evoluir”. O lançamento do concurso para que a projetada central fotovoltaica em Carnide (para abastecer os autocarros elétricos da Carris), esteja pronta em 2021 e inclua uma estação de hidrogénio é outra das novidades anunciadas. A esta juntam-se o projeto que associa a CML e a EPAL na utilização de águas de nascente não potável para a rega de parques e jardins, que entrará em funcionamento ainda este ano.
A abertura de 12 “jardins secretos” da cidade é outra das apostas. “O primeiro jardim a abrir será o da Biblioteca Nacional, a 18 de junho, e depois esperamos conseguir abrir mais ou menos um por mês até 2021”, aponta o vereador. Entre estes espaços verdes até aqui fechados ao público que vão passar a ter acesso livre, estão o jardim da Caixa Geral de Depósitos na Av. João XXI, o Parque do Monte das Perdizes, em Monsanto ou o Jardim da Casa do Arco da EPAL.

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