Trabalhadores fazem fila para não pagarem contribuição sindical
Trabalhadores reclamam que renda caiu, desconto é grande e não se sentem bem representados
Com o risco de perder a contribuição sindical obrigatória caso a reforma trabalhista aprovada pela Câmara dos Deputados seja aprovada pelo Senado e promulgada pelo presidente Michel Temer, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana (SECBHRM) amanheceu nessa quinta-feira (4) com uma fila de três quarteirões começando na sua porta. Eram comerciários que foram ao sindicato para desautorizar a cobrança da taxa assistencial.
A taxa assistencial visa custear os gastos do sindicato. Segundo a convenção coletiva da categoria, o valor em 2017 é de 6% dos salários de maio e setembro de 2015, com o limite de R$ 106,78.
“É uma taxa muito alta, e faz diferença no fim do mês”, afirma o vendedor Fernando de Moura, 31. Ele trabalha no comércio há dez anos, mas pela primeira vez resolveu desautorizar a cobrança.
Para a comerciária Susana Orione, 39, o sindicato não é atuante o suficiente para justificar o pagamento. “A gente não tem retorno algum, e quando precisa de alguma coisa tem que pagar mais, não tem nada de graça”, diz.
Taiane Nascimento, 23, que trabalha no comércio há três, avalia que o sindicato não garante benefícios. “O desconto é grande, 6%, e o aumento de salário que eles negociaram foi pequeno, só 4,6%. A última coisa que eles olham é a gente”, diz.
Susana, que trabalha há 16 anos no comércio, enfrentou cerca de duas horas de fila para garantir que a taxa não seria cobrada. “Eles não divulgam direito os prazos para entregarmos a carta que desautoriza a cobrança. Muitos colegas meus não sabiam que o prazo termina amanhã (hoje)”, diz. “O sindicato só avisa na última hora, por isso acaba gerando fila. Eles não têm interesse que o pagamento não seja feito”, acrescenta Mara Magda Macedo, 45.
O presidente do SECBHRM, José Cloves Rodrigues, defende a entidade e afirma que a divulgação foi feita. “Publicamos no nosso site e as próprias empresas, por meio dos departamentos de pessoal, informam à categoria”, diz.
Rodrigues afirma que é difícil dizer que a procura para desautorizar a cobrança cresceu. “Me parece que o movimento está igual aos outros anos”. Porém, ele admite que “a crise pode ter feito alguns trabalhadores optarem por não permitir o desconto em folha”.
O presidente critica a reforma trabalhista. “Não é só apenas o fim da contribuição obrigatória. A reforma não moderniza nada. Pelo contrário, volta a uma condição de que os trabalhadores lutaram muito para sair”, declara. Para Susana Orione, porém, “o sindicato só está mobilizado contra a reforma porque não quer perder a contribuição obrigatória”.
A taxa assistencial visa custear os gastos do sindicato. Segundo a convenção coletiva da categoria, o valor em 2017 é de 6% dos salários de maio e setembro de 2015, com o limite de R$ 106,78.
“É uma taxa muito alta, e faz diferença no fim do mês”, afirma o vendedor Fernando de Moura, 31. Ele trabalha no comércio há dez anos, mas pela primeira vez resolveu desautorizar a cobrança.
Para a comerciária Susana Orione, 39, o sindicato não é atuante o suficiente para justificar o pagamento. “A gente não tem retorno algum, e quando precisa de alguma coisa tem que pagar mais, não tem nada de graça”, diz.
Taiane Nascimento, 23, que trabalha no comércio há três, avalia que o sindicato não garante benefícios. “O desconto é grande, 6%, e o aumento de salário que eles negociaram foi pequeno, só 4,6%. A última coisa que eles olham é a gente”, diz.
Susana, que trabalha há 16 anos no comércio, enfrentou cerca de duas horas de fila para garantir que a taxa não seria cobrada. “Eles não divulgam direito os prazos para entregarmos a carta que desautoriza a cobrança. Muitos colegas meus não sabiam que o prazo termina amanhã (hoje)”, diz. “O sindicato só avisa na última hora, por isso acaba gerando fila. Eles não têm interesse que o pagamento não seja feito”, acrescenta Mara Magda Macedo, 45.
O presidente do SECBHRM, José Cloves Rodrigues, defende a entidade e afirma que a divulgação foi feita. “Publicamos no nosso site e as próprias empresas, por meio dos departamentos de pessoal, informam à categoria”, diz.
Rodrigues afirma que é difícil dizer que a procura para desautorizar a cobrança cresceu. “Me parece que o movimento está igual aos outros anos”. Porém, ele admite que “a crise pode ter feito alguns trabalhadores optarem por não permitir o desconto em folha”.
O presidente critica a reforma trabalhista. “Não é só apenas o fim da contribuição obrigatória. A reforma não moderniza nada. Pelo contrário, volta a uma condição de que os trabalhadores lutaram muito para sair”, declara. Para Susana Orione, porém, “o sindicato só está mobilizado contra a reforma porque não quer perder a contribuição obrigatória”.
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