No festival de documentários IDFA em Amsterdam, acabei de assistir o filme “For Sama” sobre um casal vivendo no hospital fundado por eles em Alepo na Síria, quando sitiado pelos forças armadas russas e do regime de Assad.
Ele, Hamza, é cirurgião e faz dezenas de intervenções por dia para salvar as vitimas. Ela, Waad, é jornalista, diretora e protagonista do próprio filme. Eles tem uma filha, Sama, que nasce embaixo das bombas largadas pelos russos e soldados de Assad na população civil, nos hospitais e campos de refugiados.
Filme indispensável, de uma força incrível, que faz (quase) duvidar do interesse de fazer ficção. No final da sessão, a diretora, hoje refugiada em Londres com sua familia, sobe no palco, mulher pequena, muito linda, humilde.
O representante do festival faz a pergunta clássica para documentários: “ você ficou preocupada em colocar a distância certa com os sujeitos do filme durante as gravações?”.
Pergunta absurda no contexto a qual ela responde: “ não queria criar distância nenhuma. Queria que o espectador se torne eu, no meu lugar, o das vitimas e dos medicos nesse hospital”.
Alepo esta hoje sob controle de Assad e dos Russos.
A matança das populações continua.
Se pode ajudar elas no site:
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