quarta-feira, 20 de novembro de 2019

VOYAGE, VOYAGE...


Certa vez, ouvi uma pergunta sobre os custos de uma viagem. Não vou me manifestar financeira ou matematicamente sobre o assunto. Desnecessário. O que acho importante ressaltar é que, desde que nascemos, viajamos. Saímos de uma origem desconhecida e seguimos rumo a um destino incerto. Tempo de duração estimado? Não se sabe. Essa misteriosa (e grandiosa) viagem é, no mínimo, repleta de aprendizados. E toda ela - em todas as suas etapas - tem seus custos, lucros e dividendos. Para alguns, o valor gasto seria considerável. Para outros, soaria como um montante exorbitante. A excursão vitalícia é um tour tão majestoso (e caro, também no sentido de afeição) que qualquer viagem dentro dela se torna barata. Não é fantástico termos a oportunidade de aprender tanto com viagens dentro de uma Viagem? Nas viagens que realizamos, assim como na viagem vital, todas as lembranças são armazenadas e podem ser resgatadas a qualquer momento. Não tem preço! O sabor daquele gelato degustado às margens do Arno, em Florença. O gosto colorido daquele macaron em um café de Paris. A visão paradisíaca de um jardim gigantesco de tulipas em Keukenhof. O deleite com a genialidade arquitetônica de uma Barcelona. O suave balanço de uma gôndola a cruzar o Grande Canal de Veneza.
As experiências vividas ao longo das viagens superam qualquer custo monetário despendido pelo viajante. Não há preço que pague o prazer e a satisfação de se sentir vivo e feliz. Não, não há! E todos os investimentos em viagens são também investimentos para a viagem sagrada da vida. Invista!

Leonardo Craveiro
Foto Dimitri Ganzelevitch

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