"Minha vida é quebrar barreiras", diz a 1ª mulher negra doutora em física.
"Você nunca vai usar física na vida mesmo." A frase que Sônia Guimarães ouviu de uma professora quando ainda era estudante da faculdade de Física na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ao ter uma bolsa de iniciação científica recusada, a atormenta e indigna até hoje.
Eu queria tanto que ela visse o que eu 'não fiz com física', porque realmente ela se negou a me dar a bolsa. Será que ela ficou sabendo do que aconteceu comigo depois? Eu mesma gostaria de ir lá e contar!".
E Sônia teria muito o que dizer. Mesmo sem a bolsa de iniciação científica, terminou a graduação, optou pela carreira acadêmica e logo ingressou no mestrado em Física Aplicada no Instituto de Física e mica de São Carlos, da USP.
Em seguida, após um breve período como pesquisadora na Itália, engatou o doutorado em materiais eletrônicos, pelo Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Manchester, na Inglaterra, retornando ao Brasil em 1989 - apenas 30 anos atrás - como a primeira mulher negra doutora em física no país.
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