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O ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e os pré-candidatos a prefeito de Salvador, Juca Ferreira e Vilma Reis, atacaram a intenção do governador Rui Costa (PT) de lançar a major da Polícia Militar, Denice Santiago, como candidata ao Palácio Thomé de Souza pelo Partido dos Trabalhadores (relembre aqui).
A socióloga Vilma Reis cobrou a realização de prévia para escolher quem disputará a capital. “Não é a posição do governador ou de uma ou duas lideranças que vai definir quem será o candidato. Tem que ser uma decisão das instâncias partidárias, da base”, disse. “Não vamos aceitar decisão tirada da cartola. É um escândalo a base partidária não poder se manifestar”, acrescentou, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Juca Ferreira elogiou o fato de a major atuar em defesa dos direitos humanos, mas ponderou que o lançamento de uma policial em Salvador pode ser ruim para o PT. “A PM em todo o Brasil tem problema com a população pobre e na Bahia não é diferente. Eleitoralmente, a candidatura deve ter uma marca associada ao comportamento da polícia, que deixa a desejar. Há uma imagem negativa”, disse o ex-ministro, que defende a desmilitarização das polícias.
Gabrielli é um dos maiores críticos à escolha de uma policial militar. “Não é uma boa candidata pelo PT. Ela não tem experiência na luta política, não tem tradição no partido. Dificilmente vai conseguir agregrar a força dos movimentos sociais”, disse. “Não é o melhor nome para a disputa”. Uma das principais lideranças petistas da Bahia, Gabrielli reforçou: “É uma escolha ruim. O partido tem outras candidatas negras. Por que buscar um outsider?”.
Em sintonia com críticas feitas por petistas à política de segurança do governador, Gabrielli disse que a PM é “mais caracterizada pela violência, pela imagem negativa”. “Ter a candidatura de uma policial será um passivo e não um ativo”.
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