segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

CHOCOLATE E HOMOFOBIA

SWISS abandona chocolateiro acusado de homofobia

Durante dez anos, caixinhas de bombons Läderach eram dadas a alguns passageiros que voavam pela companhia aérea SWISS. A partir de meados de abril, este já não será mais o caso, após várias manchetes negativas sobre a oposição do CEO da Läderach ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e ao aborto.

A flight attendant attends to Swiss Business Class passengers
A Swiss International Air Lines disse que uma marca adequada era importante na escolha de parcerias comerciais
(Keystone)
A companhia aérea parou de comprar os chocolates finos em novembro, de acordo com uma reportagem da revista suíça BeobachterLink externo na quarta-feira (29). 
O chefe de marketing da Läderach, Patrick Th. Onken, disse que o divórcio com a SWISS resultou da preocupação da empresa aérea com a cobertura negativa. 
Beobachter disse que manchetes como "Rei do chocolate luta contra o aborto e os homossexuais" no jornal Tages-Anzeiger, de Zurique, em setembro passado foi "claramente a gota d’água para a companhia aérea, que tem muitos tripulantes gays". 
A porta-voz da SWISS, Meike Fuhlrott, não entrou em detalhes, mas disse que os fatores decisivos ao escolher um fornecedor eram "a qualidade, vários fatores econômicos e a marca adequada". 

Conversa direta 

Johannes Läderach, evangélico e CEO da empresa, recentemente negou ser homofóbico ou misóginoLink externo, mas repetiu sua oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e ao direito da mulher de fazer um aborto. 
"Os negócios continuaram a crescer em 2019, mas temos clientes que já não compram mais com a gente. No entanto, novos clientes entraram na loja", disse ao jornal NZZ am SonntagLink externo, também de Zurique.  
De acordo com a Beobachter, Läderach não disse quantas empresas haviam cortado as relações, mas o chocolateiro ressaltou que "em quase todos os casos uma conversa direta poderia esclarecer a situação".

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