Por Dayse Regina Ferreira
A cerâmica de Iznik sempre foi uma das formas de cultura da região e, no final do século XV, Iznik foi escolhida como centro de produção, já que tinha depósitos de argila. Escavações provam que a cerâmica já existia no século XII. Mas o grande momento da cerâmica turca de Iznik chegou com a conquista de Constantinopla (hoje Istambul) pelos otomanos, em 1453, sob a liderança de Mehmed, o Conquistador, que unificou os estados otomanos no Império Otomano.
No início, as cerâmicas de Iznik eram de consistência arenosa, feitas de argila cinza esbranquiçada, com raras vezes decorações em vermelho e azul. Pratos cilíndricos achatados, vasos, tigelas, e lampadários de mesquita eram feitas dessa argila. Com o aprimoramento do material e do artesanato, as peças começaram a receber decoração de influência chinesa – Dinastias Ming e Yuan – do século XV. Com o incremento do intercâmbio com o ocidente no século XVI, a cerâmica de Iznik influenciou as peças feitas na Inglaterra, levando à escala industrial em Worchester e também na Alemanha, quando surgiram fábricas de mosaicos e faiança em Berlim. A Itália repetiu os padrões otomanos, nas cerâmicas maiólicas.
O fim da produção iniciada e mantida pelo patrocínio imperial aconteceu em 1719. Depois de 300 anos de esplendor. Para ver os originais da época, basta visitar as mesquitas e palácios otomanos de Constantinopla, Bizâncio, aliás Istambul.
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