Reportagem do Jornal Nacional deste sábado traz mais detalhes da investigação sobre o prefeito Marcelo Crivella. O Ministério Público do Rio teria encontrado indícios de que a Igreja Universal do Reino de Deus integrou o esquema de corrupção montado na Prefeitura do Rio. Crivella é bispo licenciado da Universal.
É verossímil concluir que a entidade religiosa está sendo usada como instrumento para lavagem de dinheiro fruto da endêmica corrupção instalada na alta cúpula da administração municipal”.
A reportagem não informa qual seria o vínculo entre as movimentações e o esquema.
Mas o Ministério Público cita o envolvimento de Mauro Macedo, primo de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal. Ele foi tesoureiro das campanhas de Crivella e, dizem os promotores, aliciava empresários para participar dos mais variados esquemas de corrupção.
Macedo estaria ligado a Rafael Alves, homem de confiança do prefeito e irmão do ex-diretor da Riotur Marcelo Alves. Em mensagens obtidas pelo MP, Rafael sugere ascendência sobre Crivella e insinua conhecer detalhes do esquema, ameaçando contar tudo, caso viesse a ter seus interesses contrariados – o que acabou ocorrendo com a demissão do irmão.
“Nego destrói um político. Eu mexo com uma igreja. Só não quero que mexa com meu irmão ou seja meu espaço. Fazendo isso. Destruo ele. Igreja, etc. Se ele mexer na Riotur, eu destruo ele. Igreja. Família.”
Crivella nega qualquer esquema de corrupção em sua gestão.
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