quarta-feira, 30 de março de 2022

SCHUBERT? VAI GOSTAR!



O Trio No. 2 em Mi bemol maior para piano, violino e violoncelo, D. 929, foi uma das últimas composições concluídas por Franz Schubert, datada de novembro de 1827


Um trio de Schubert atravessou o mundo da música como um cometa furioso no céu. (Schumann)

Schubert escreveu dois trios para piano e cordas no fim de sua vida. Schumann comparou os dois, em uma linguagem que hoje não seria considerada politicamente correta: “O Trio nº 2, Op. 100, é cheio de energia, masculino e dramático, enquanto o primeiro, Op. 99, é passivo, lírico e feminino”.

O primeiro movimento do Op. 100, Allegro, começa em um vigoroso uníssono; já o segundo tema é tipicamente schubertiano, tranquilo, com notas repetidas pelos três instrumentos.

Diz-se que o segundo movimento, Andante com Moto, é baseado em uma canção folclórica sueca, O pôr do sol. O tema tem um acompanhamento sombrio, em forma de marcha, intercalado por belas passagens líricas. Seu caráter encantatório foi explorado no filme Barry Lyndon, de Stanley Kubrick.

Scherzo, marcado sempre piano, começa com repetições em cânon (imitação) das cordas com o piano. Seu ritmo muito marcado é o de uma dança camponesa.

O tema do último movimento, Allegro Moderato, lembra a música dos cafés vienenses. Seguem-se passagens misteriosas e então, em um lance de gênio, volta o tema do Andante, o que dá unidade à obra.

Schubert escreveu: “Esta obra não é dedicada a ninguém, exceto àqueles que achem prazer nela”.

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