No pensamento desses generais caquéticos, a ditadura não acabou.
São fustigados por fantasmas daqueles torturados nos porões que defendem, e imaginam continuar surrando famílias que perderam país, irmãos, filhos e amigos.
O que faz no dia a dia um general, dentro de uma camisa de força verde, com altos salários pagos por parte do povo que não aceita a ditadura nunca mais, a não ser achar que os mortos não falam?
Os torturados, os sequestrados, os enterrados em valas comuns, esses brasileiros trucidados por forças que devem apenas defender a Constituição, falam, falam com eloquência, até que se retire o tapete do obscurantismo desse pedaço horrendo da história brasileira.
As instituições armadas devem um pedido de desculpas ao povo democrata, ao povo ofendido.
Um gesto que está atrasado há décadas.
Os generais precisam acordar.
O nosso pesadelo tem que ter fim.
Fernando Coelho
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