sexta-feira, 30 de setembro de 2022

BAGHDAD

LE PLUS GROS ACTIONNAIRE

SÓ POR ESTE VÍDEO JÁ VALE A PENA 

APRENDER O FRANCÊS!

 


PICARETA OU MITOMANIACO?

 O mix de picareta e fariseu

Pode ser uma imagem de 3 pessoas, pessoas sentadas e área interna
 
"Após receber diversas denúncias sobre a atuação de um suposto “falso padre” na comunidade quilombola de Bananeiras na Ilha de Maré, em Salvador, o Farol da Bahia entrou em contato com instituições religiosas ortodoxas do Brasil para questionar o pertencimento de Kelmon Luís de Souza em alguma delas e checar se ele realmente foi ordenado padre. Nas redes sociais, ele afirma que é sacerdote da Igreja Ortodoxa de Malankara, instituição pertencente às igrejas ortodoxas orientais, ou ainda se apresenta apenas como um sacerdote ortodoxo. Para muitos, ele é conhecido apenas por ser padre.
O representante da Catedral Ortodoxa Antioquina de São Paulo e de todo o Brasil, diácono Genê, disse ao Farol da Bahia que Kelmon Luís de Souza não pertence à instituição e a nenhuma outra instituição ortodoxa do país. Segundo o diácono da igreja Ortodoxa, o suposto padre já é uma figura conhecida no meio das igrejas, principalmente, por se intitular pertencente a diversas instituições religiosas ortodoxas. “Já faz muito tempo que eu conheço ele e ele nunca pertenceu a nenhuma igreja assim ‘de verdade’, canônica… Ele sempre gostou de se envolver com essas igrejas falsas que ele diz que é pertencente, mas na verdade não é”, afirmou.
“Tem que ter cuidado porque ele fica enganando as pessoas, ele não é padre coisa nenhuma”, completou. Além disso, o representante da igreja comentou sobre um episódio recente onde Kelmon Luís de Souza esteve em uma outra unidade da igreja no centro de São Paulo vestido de batina. O diácono, então, alertou: “Ele anda nas ruas vestido assim para enganar mesmo, tem que ter cuidado”, disse.
Representantes da Catedral Ortodoxa Russa no Exterior de São Nicolau e da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Antioquina disseram ao Farol da Bahia, respectivamente, “não conhecer” e “nunca ter ouvido falar” de Kelmon Luís de Souza."
Via Katia Menezes

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

AMOR I LOVE YOU

O QUE ME IMPORTA

URUBU DE ESTIMAÇÃO

URUBUS

ATHOS BULCÃO

 

Athos Bulcão é homenageado em segundo volume do projeto Mestres cobogós

Projeto Mestres Cobogós lança segundo volume da coleção, que aborda o artista que construiu uma obra indivisível da cidade

Pedro Almeida*
Imagem do livro sobre Athos Bulcão: escrito especialmente para o público infantojuvenil  -  (crédito: Camara Brasileira do Livro/Reproducao)
Imagem do livro sobre Athos Bulcão: escrito especialmente para o público infantojuvenil - (crédito: Camara Brasileira do Livro/Reproducao)

O vento sopra por entre os prédios, corre livre pelos pilotis e encontra, nas frestas dos cobogós, uma entrada para arejar a vida na capital. O pequeno tijolo vazado achou, aqui, espaço na arquitetura e no imaginário dos moradores. Não à toa, Ana Maria Lopes e Marcia Zarur, do coletivo Maria Cobogó, que carrega a peça no nome, lançam nesta quinta-feira (29/9), o segundo volume do projeto Mestres cobogós, em homenagem a grandes artistas que vivem nos detalhes da cidade. Desta vez, o protagonista do livro infantojuvenil é Athos Bulcão. O lançamento ocorre na Fundação Athos Bulcão, na 510 Sul, a partir das 18h.

  • Na série de máscaras, Athos brinca com o carnaval e com a arqueologiaCamara Brasileira do Livro/Reproducao

Assim como o cobogó, Brasília é recheada de minúcias que podem passar despercebidas ao olhar desatento. Tendo isso em vista, o coletivo de escritoras Maria Cobogó decidiu produzir material que fizesse justiça aos artistas que, como figuradas vigas de concreto exposto, ajudam a sustentar a história da jovem capital. O projeto Mestres cobogós apresenta, em livro, a trajetória destas personalidades. O coletivo mira no público infantojuvenil para colher futuros adultos munidos de educação artística sobre a cidade em que moram. O primeiro volume apresentou o artista visual Glênio Bianchetti. Agora, Athos Bulcão ocupa o primeiro plano.

"O projeto visa dar visibilidade às figuras que fizeram Brasília mais bonita do que já é", conta Ana Maria Lopes, coautora do livro e uma das cinco escritoras do coletivo Maria Cobogó. A jornalista nasceu no Rio de Janeiro, mas se considera a mais brasiliense das cariocas. Como ela, Athos Bulcão também nasceu na Cidade Maravilhosa, mas escolheu Brasília quando ainda era apenas uma ideia na cabeça de Lúcio, Oscar e Juscelino. Por aqui, viveu de 1958 a 2008, quando morreu em decorrência das complicações do Parkinson. Nesse meio século, tratou de espalhar pela cidade a arte que produzia. Hoje, é impossível desvencilhar os dois. Do aeroporto à Universidade de Brasília, passando pela Igrejinha da 308 Sul, é possível criar um roteiro que surfa pelos coloridos azulejos do artista enquanto cruza a cidade em sua totalidade.

Em um mergulho no universo de Athos, Ana Maria e Marcia se municiaram de entrevistas, reportagens e conversas com amigos para remontar, mais do que o artista, o homem que foi Bulcão. Valéria Cabral, na condição de representante da Fundação Athos Bulcão, foi de imensa ajuda, segundo Ana Maria. As camadas da figura mítica rapidamente foram descascadas em um senhor que tomava chá, pontualmente, sempre às 17h, e adorava sorvete de creme. Além dos pormenores cotidianos, há a camada poética, como a emoção que Athos teve ao presenciar o céu de Brasília pela primeira vez porque o lembrava do céu que avistava, quando criança, do hospital onde a mãe morreu. "Nós vimos como era a sensibilidade do artista", conta.

Ambos os volumes da coleção contam com um encarte pedagógico escrito pela psicopedagoga Solange Cianni. O suplemento gera interatividade e reafirma o desejo da dupla de imprimir um viés educativo nos livros. Ana Maria acredita que a educação cultural nas escolas brasileiras ainda é precária, mas vê com otimismo o impacto do livro nesse aspecto: "Tudo que houver a mais em nome da cultura é lucro. Para ajudar o crescimento da formação de leitores, de novos artistas, de outros olhares. E ensinar a olhar é muito importante".

Para assegurar que o livro chegue à mão das crianças, 500 exemplares serão disponibilizados nas bibliotecas das escolas e doados aos estudantes do CEF 1 no Cruzeiro, CEF 15 no Gama, Centro de Ensino Médio Júlia Kubitschek na Candangolândia, CEL no Lago Sul e CEDLAN no Lago Norte. A distribuição conta com parceria do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. Para os adultos que mantêm a curiosidade, Ana Maria garante que o livro é válido para todas as idades e abre as portas do Athos Bulcão para que a arte brasiliense se faça vista.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco


DISCURSO DE BERNIE SANDERS

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

O BARBEIRO


 Foto: Dimitri Ganzelevitch

A SALA DE OPERAÇÕES

Foto: Dimitri Ganzelevitch

 

MEUS NOVOS VIZINHOS


Num fim de tarde da outra semana, passaram por mim, surgidos do nada. Dois casais negros, soberbos, silenciosos e indiferentes. Ignoraram a minha presença. Só hoje fui informado de que eram da mui respeitável família Carthatidea, o que, para quem não sabe, representa o nec plus ultra da aristocracia viária americana.

Hoje também, de manhã cedo, quando fui dar de beber aos meus morangueiros – sete frutinhas bem vermelhinhas me esperavam -  vi que tinham elegido as torres da igreja de Nossa Senhora da Conceição do Boqueirão, belíssima fachada barroca, para fixar residência. Quatro urubus sobre fundo de bulbos azulejados.

Você, leitor, que talvez não tenha nem sessenta anos, coitado, não deve ter frequentado O Tempo, do Joaquim, lá no Largo do Pelourinho. Uma entranha estranha, meio templo, meio esconderijo. Undigrundi, este boteco. Decorado com garrafas de aguardente contendo todo tipo de folhas e bichos, o longo espaço descia por vários patamares até o quintal onde, no topo de uma coluna, reinava de poder divino e absoluto, um urubu. Cada manhã, recebia sua oferenda de carne crua. Bons tempos aqueles, quando se podia comprar carne para dar aos urubus...

Recém-chegado da Europa, entre tantas coisas jamais por mim imaginadas, fiquei fascinado por esta ave bizarra de aspecto rebarbativo. E passado quase meio século, eis que quatro imensos abutres resolveram vir morar por aqui, bem perto. Oh! Amigo! Não me venha com piada do tipo: “...aguardando sua carniça, véio! ” que não sou parsi indiano!

Os meus são urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). Não é cultura, sejamos honestos, é Google. E pertencem à família dos condores. Agora, sim, marquei um ponto contra os que torciam o nariz ao ler meu texto. Urubu não é chique, mas condor, moça, é muito mais que bolsa Louis Vuitton.

Deitado na rede, deixo meu olhar seguir o voo lento das imensas asas escuras de extremidades brancas. Flutuam sem um grito, sem um pio, ao acaso de brisas misteriosas que mal deslocam a ponta dos galhos da imensa cajazeira. Algumas folhas caem rodopiando. Uma borboleta branca, outra alaranjada e uma terceira amarela, inebriadas de vaidade, se amostrando. Algum desfile de moda? Meus negros vizinhos navegam bem acima do quartel dos fuzileiros navais, descem sem pressa pelos lados do Moinho Bahia, voltam para posar por breves instantes na cajazeira e, novamente se lançam ao ar azul, branco e dourado. Diria en passant que se alguém sugerir que estas mal traçadas são como espelho ao “Os que voam” do Rui Espinheira, charmosa crônica publicada nestas mesmas páginas, pode até ter razão. Machado de Assis não foi compadre de Eça de Queiroz? E se o mesmo alguém falar em modéstia, saiba que desprezo irremediavelmente a palavra.

Dimitri Ganzelevitch

1 de outubro 2022

.

 

BRÉSIL: LA FIN DU CAUCHEMAR?

Chaque semaine, “Courrier international” explique ses choix éditoriaux et les débats qu’ils suscitent parfois au sein de la rédaction. Avant la présidentielle du 2 octobre, nous avons choisi de composer un numéro spécial sur le Brésil. Jair Bolsonaro va-t-il être battu par Lula, le revenant, donné favori ? D’ores et déjà, le président d’extrême droite a annoncé qu’il refuserait le résultat. Quel risque pour la démocratie ? Nous consacrons d’autre part 11 pages à la culture brésilienne : de la chanteuse Anitta aux auteurs noirs qui bousculent la scène littéraire, un panorama des nouveaux talents du pays.


Courrier international

 

Avant la présidentielle du 2 octobre, nous avons choisi de consacrer un numéro spécial au Brésil. Jair Bolsonaro va-t-il être battu par Lula, le revenant, donné favori ? COURRIER INTERNATIONAL


Partager

“S’il remporte l‘élection, il pourra se vanter d’avoir fait le come-back, sinon du siècle, au moins de la décennie.” Le 2 octobre, les Brésiliens élisent leur président et c’est de Luiz Inácio Lula da Silva, dit Lula, que le Financial Times parle ici.

Il faut dire que l’ancien ouvrier métallurgiste, leader du Parti des travailleurs, élu deux fois consécutivement à la tête de l’État brésilien entre 2002 et 2010, revient de loin. Emprisonné pour plusieurs chefs de corruption en 2018, il aura passé en tout près d’un an et demi dans les geôles fédérales. Avant d’être libéré, de retrouver ses droits politiques et de faire son grand retour (et la une de Time en mai accessoirement, le prestigieux magazine titrant alors : “Lula, acte II”) .


Ce n’est pourtant pas lui que nous avons choisi de mettre en une à l’occasion de ce scrutin, mais bien son principal adversaire, le président sortant Jair Bolsonaro, l’ancien militaire d’extrême droite, dont l’élection en 2018, deux ans après celle de Donald Trump aux États-Unis, avait provoqué un séisme dans un pays marqué par des années de dictature. Jair Bolsonaro, qualifié depuis de “Trump tropical” pour sa politique tout autant que ses méthodes, sera-t-il tenté par un scénario qui s’inspirerait de l’assaut contre le Capitole le 6 janvier 2021 à Washington ? De nombreux commentateurs de la presse étrangère le redoutent. Et nous leur donnons largement la parole dans ce numéro.


Pour Público, c’est l’avenir de la démocratie qui se joue ni plus ni moins dans cette élection. S’il perd, estime le quotidien portugais, le président sortant contestera le résultat et “proposera un retour à la dictature”. Dans le même ordre d’idées, un universitaire explique dans The New York Times que ce que veut Bolsonaro, au fond, c’est le chaos permanent :

“Bolsonaro n’a pas l’intention de quitter ses fonctions, quel que soit le verdict des urnes. Mais ce n’est pas à un coup d’État qu’il songe – pour lequel il aurait besoin du soutien des élites et de la passivité du peuple. Ce qu’il souhaite, c’est une révolution.”


Toute la politique menée depuis quatre ans par Bolsonaro plaide pour ce scénario, insiste l’auteur.

“Plutôt que de diriger le pays, il a tout fait pour le dérégler. Il a refusé de pourvoir des postes essentiels, placé à des postes importants des fidèles ne possédant aucune compétence technique, coupé le financement de plusieurs programmes sociaux, et il n’a pas mis en place la moindre réponse coordonnée pour faire face à la pandémie de Covid-19, qui a fait plus de 680 000 morts au Brésil.”

Le bilan économique de Jair Bolsonaro est consternant – l’économie du pays est l’une des plus fermées du monde –, sans parler de son bilan écologique. Il faut lire le témoignage d’Eliane Brum, journaliste et écrivaine qui raconte les destructions de l’Amazonie, visibles depuis sa fenêtre, dans El País América.


À lire aussi le reportage d’O Globo sur les classes moyennes au Brésil (dont le vote sera déterminant pour l’issue du scrutin) pour mieux comprendre l’état dans lequel Jair Bolsonaro laisse le pays. “L’extrême pauvreté a progressé de plus de 30 % l’année dernière, pour toucher 14 % de la population”, explique le Financial Times.

Quatre ans après l’élection d’un président ouvertement raciste, misogyne et homophobe, il nous semblait important de consacrer un numéro spécial au Brésil, ce géant d’Amérique latine qui est peut-être en passe de tourner la page Bolsonaro, malgré les risques évidents qui pèsent sur l’après-présidentielle.

LIRE AUSSI Brésil. Dans la ville de gauche de Guaribas, la pression des évangéliques pour voter contre Lula

Le pays est certes aujourd’hui plus divisé que jamais. Il n’en reste pas moins qu’il est d’une richesse incroyable. Outre les enjeux politiques du scrutin, nous avons voulu aussi montrer largement un autre visage du Brésil, celui de sa créativité.

De la chanteuse Anitta – née dans une favela de Rio et devenue aujourd’hui la meilleure ambassadrice d’une nouvelle génération d’artistes issus de communautés autrefois marginalisées au Brésil –, aux auteurs noirs qui bousculent la scène littéraire, de la dernière telenovela en vogue au portrait d’une tiktokeuse en Amazonie, nous consacrons 11 pages aux nouveaux talents de la culture brésilienne. Pour découvrir le Brésil autrement. Bonne lecture.

Claire Carrard


terça-feira, 27 de setembro de 2022

OS SAQUES DE BOLSONARO

 Saques analisados pela PF foram da conta de Bolsonaro, diz Planalto 

Conta pessoal do presidente teria bancado transações; gabinete nega o uso do cartão corporativo 

O presidente Jair Bolsonaro em evento no Palácio do Planalto; gabinete do presidencial nega gastos no cartão corporativo pessoal do chefe do Executivo 


O Planalto negou que os saques considerados suspeitos tenham origem em dinheiro público. “Os pagamentos de contas particulares são realizados com recursos exclusivos da conta pessoal do senhor Presidente”, afirmou à reportagem. “O Presidente da República nunca sacou um só centavo no cartão corporativo pessoal.”

Desde janeiro de 2019, o cartão corporativo pessoal de Bolsonaro está “zerado”, segundo o Planalto. Em reportagem publicada na 2ª feira (26.set), o jornal Folha de S. Paulo mostrou que a PF identificou mensagens que levantaram suspeitas de investigadores no telefone do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro. A PF analisou movimentações financeiras destinadas ao pagamento de contas pessoais da família de Bolsonaro e de pessoas próximas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, entre elas uma tia, não identificada.

O material no telefone de Cid, entre mensagem, fotos e áudios trocados com outros funcionários da Presidência, indicaria a realização de saques em dinheiro. A pedido da PF, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a quebra de sigilo bancário de Cid. As transações consideradas suspeitas no gabinete de Bolsonaro estão sendo analisadas em inquérito policial. Não há até o momento acusação ou confirmação das suspeitas levantadas pela PF. O Poder360 apurou que o ajudante de ordens não havia sido informado sobre a quebra de seu sigilo.

De acordo com a Presidência, os saques e depósitos fazem parte das funções da Ajudância de Ordens. A Ajudância de Ordens faz parte da composição do gabinete do presidente da República. O artigo 8 do decreto 10.374, de 2020, que trata das funções da assessoria especial e do gabinete da Presidência, determina que: “À Ajudância de Ordens compete:

“I – prestar os serviços de assistência direta e imediata ao Presidente da República nos assuntos de natureza pessoal, em regime de atendimento permanente e ininterrupto, em Brasília ou em viagem; “II – receber as correspondências e os objetos entregues ao Presidente da República em cerimônias e viagens e encaminhá-los aos setores competentes; e “III – realizar outras atividades determinadas pelo Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República.”

Uma das transações questionadas envolve uma tia de Michelle Bolsonaro, que teria recebido pagamentos fracionados por atuar como babá da filha mais nova do presidente. De acordo com o Planalto, o “auxílio financeiro da primeira-dama à tia se dá por questões de confiança pessoal e segurança, já que ela sempre cuidou da filha Laura por ocasião das ausências da primeira-dama”.  De acordo com a Folha, a quebra de sigilo foi realizada dentro do caso que apurava suposto vazamento de inquérito sigiloso da PF sobre um ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Cid passou a ser investigado por ter auxiliado Bolsonaro no dia em que o presidente divulgou o caso envolvendo o TSE e o ataque hacker. Neste ano, em maio, o ministro Alexandre de Moraes uniu a investigação sobre as declarações do presidente sobre o processo eleitoral ao inquérito que apura a suposta atuação de uma milícia digital contra a democracia.

Eis a íntegra da nota da Presidência divulgada em 27.set.2022 às 10h39: 

“A Secretaria Especial de Comunicação Social informa que a Ajudância de Ordens da Presidência presta serviços de assistência direta e imediata ao Presidente da República também nos assuntos de natureza pessoal, em regime de atendimento permanente e ininterrupto, em Brasília ou em viagem.  

“O desempenho de atividades notadamente particulares para atender o senhor Presidente da República, como, por exemplo, o pagamento de contas e boletos bancários está amparado pelo art. 8º do Anexo I, do Decreto 10.374, de 2020. Não ocorre “triangulação” com outros Ajudantes de Ordens, mas as mensagens trocadas entre os integrantes da Ajudância de Ordens referem-se às missões distribuídas entre eles para atendimento das demandas inerentes ao cargo. “Os pagamentos de contas particulares são realizados com recursos exclusivos da conta pessoal do senhor Presidente. O auxílio financeiro da Primeira-dama à tia se dá por questões de confiança pessoal e segurança, tendo em vista que, nas ausências da Primeira-Dama, é ela quem cuida da filha do casal. 

“Nenhum dos recursos referidos pelo repórter da Folha de São Paulo tem origem no suprimento de fundos. O Presidente da República nunca sacou um só centavo no cartão corporativo pessoal.” 

QUEM É CID 

Um dos auxiliares mais próximos de Bolsonaro, Cid é o chefe da Ajudância de Ordens e acompanha o presidente em suas atividades diárias, inclusive em viagens. Também participa das transmissões ao vivo feitas por Bolsonaro. Por auxiliar diretamente o chefe do Executivo em lives, o tenente-coronel é mencionado em 2 casos em que declarações de Bolsonaro são questionadas pela PF.

O chanceler Carlos França, o presidente Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid em viagem ao Japão em 2019 


Além de ter participado da live em que Bolsonaro vazou suposto inquérito sigiloso sobre o ataque ao TSE, o ajudante de ordens também estava presente quando Bolsonaro declarou que estudos “sugerem” que pessoas vacinadas contra a covid-19 “estão desenvolvendo a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”. Em relatório enviado a Moraes em 17 de agosto, a PF disse haver indícios de que Bolsonaro cometeu crime durante a transmissão em que associou a vacina à aids. 

Em 2020, Cid também foi ouvido pela PF por causa de trocas de mensagens com o blogueiro Allan dos Santos. As conversas foram identificadas pela PF no celular de Allan, que é alvo de 2 inquéritos no STF: um apura a disseminação de notícias falsas contra o Supremo; o outro, a organização de milícias digitais criadas para atacar instituições democráticas.










O TEATRO ELENA RODRIGUES...

... NÃO PÁRA!


 

UMA BIBLIOTECA MUITO...

... MAL TRATADA.



Enquanto o governo do estado da Bahia não construir (via China) a famigerada ponte, a ilha de Itaparica ainda é um pequeno paraíso.

Mas a prazerosa capital de Itaparica, que viu nascer o escritor João Ubaldo Ribeiro, trata muita mal sua memória.

A Biblioteca Juracy Magalhães (24 mil livros), projetada por duas feras: o arquiteto modernista Diógenes Rebouças, com paisagismo de Burl Marx foi inaugurada em 1968.
A partir de 2001 passou a depender da Fundação Pedro Calmon.

Em 2019 foi fechada para reforma.
Dizem que o IPHAN ainda não deu o alvará para reabrir
... Até hoje.

E aí, Zulu Araújo, presidente da Fundação Pedro Calmon! Não vai fazer nada?

Para quê organizar uma Feira Literária se nem são capazes de ter uma biblioteca funcionando?!!!

 

ZELLLIGE, UM ESTILO DE VIDA









COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO- Muitos leitores sabem de meu empenho em convencer as autoridades da importância da Bahia criar um MUSEU NACIONAL DO AZULEJO.
Entre outras atividades, seria interessante convidar profissionais marroquinos para ensinar esta arte. Difícil? Com certeza. Impossível? De forma alguma!
Esta arte não deixa de ser também um legado africano do mais importante significado.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

LA BOUCHE MANOUCHE

VOZES DA BULGÁRIA

ROSA MINHA

SEVDALINKA

DJELEM DJELEM

FÁBRICA SANT´ANNA



COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO.- Você sabia que muitos dos painéis de azulejos do convento de São Francisco de Salvador foram executados nesta fábrica no século XVIII?

No acervo da fábrica ainda se pode apreciar as famosas figuras de convite.

Preciosa informação para um

MUSEU NACIONAL DO AZULEJO

NO SOLAR BANDEIRA 
DA LADEIRA DA SOLEDADE.

RUMBA IMPROVISADA

POLÊMICA DO DIA

"Quando você apoia alguém que diz que mulheres devem ganhar menos porque engravidam, ou que diz que filho gay é falta de porrada, ou que não corre risco de ter uma nora negra porque os filhos foram bem educados, que afirma que não aceitaria ser operado por um médico cotista, que diz que o erro da ditadura foi torturar ao invés de matar, quando você concorda com alguém que apoia o assassinato de outras pessoas, independente de quem essas pessoas sejam, então a nossa divergência não é política.

A nossa divergência é moral.”

domingo, 25 de setembro de 2022

NAH NEH NAH








LA VIE EN ROSE




































BBC: O NOVO PLANO DE PUTIN

UM PADRE DE OPERETA

 




"Após receber diversas denúncias sobre a atuação de um suposto “falso padre” na comunidade quilombola de Bananeiras na Ilha de Maré, em Salvador, o Farol da Bahia entrou em contato com instituições religiosas ortodoxas do Brasil para questionar o pertencimento de Kelmon Luís de Souza em alguma delas e checar se ele realmente foi ordenado padre. Nas redes sociais, ele afirma que é sacerdote da Igreja Ortodoxa de Malankara, instituição pertencente às igrejas ortodoxas orientais, ou ainda se apresenta apenas como um sacerdote ortodoxo. Para muitos, ele é conhecido apenas por ser padre.
O representante da Catedral Ortodoxa Antioquina de São Paulo e de todo o Brasil, diácono Genê, disse ao Farol da Bahia que Kelmon Luís de Souza não pertence à instituição e a nenhuma outra instituição ortodoxa do país. Segundo o diácono da igreja Ortodoxa, o suposto padre já é uma figura conhecida no meio das igrejas, principalmente, por se intitular pertencente a diversas instituições religiosas ortodoxas. “Já faz muito tempo que eu conheço ele e ele nunca pertenceu a nenhuma igreja assim ‘de verdade’, canônica… Ele sempre gostou de se envolver com essas igrejas falsas que ele diz que é pertencente, mas na verdade não é”, afirmou.
“Tem que ter cuidado porque ele fica enganando as pessoas, ele não é padre coisa nenhuma”, completou. Além disso, o representante da igreja comentou sobre um episódio recente onde Kelmon Luís de Souza esteve em uma outra unidade da igreja no centro de São Paulo vestido de batina. O diácono, então, alertou: “Ele anda nas ruas vestido assim para enganar mesmo, tem que ter cuidado”, disse.
Representantes da Catedral Ortodoxa Russa no Exterior de São Nicolau e da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Antioquina disseram ao Farol da Bahia, respectivamente, “não conhecer” e “nunca ter ouvido falar” de Kelmon Luís de Souza."
Via Katia Menezes

LGBTQIAP+

MOURIR POUR POUTINE

 Des Russes désertent vers la Turquie pour ne pas « mourir pour Poutine »

Après que le président russe a décrété la mobilisation partielle des réservistes pour faire face à la contre-offensive de l’armée ukrainienne, de nombreux citoyens fuient le pays afin de ne pas être envoyés sur le front. 

Raphaël Boukandoura

Uma praia em Antalya (Turquia)

AntalyaAntalya (Turquie).– En cette fin du mois de septembre, à l’aéroport d’Antalya, ils franchissent souriants la porte des arrivées, poussant leurs bagages ou traînant à leur suite des enfants tantôt fatigués, tantôt surexcités. Les employés des Club Med et des grandes chaînes d’hôtels se précipitent sur les voyageurs qu’ils ont identifiés, leur placent d’autorité un bouquet de fleurs dans les bras et les entraînent vers le parking.

Dans cette joyeuse cohue, certains sortent du lot, de jeunes hommes au regard fuyant et au pas rapide, qui déclinent toute tentative d’approche. D’autres, bien qu’apparemment équipés pour un séjour sur les plages méditerranéennes de cette Mecque du tourisme turc, semblent pourtant très peu enthousiastes.

C’est le cas d’Oleg, solide gaillard trentenaire tout juste arrivé de l’enclave de Kaliningrad, dont les yeux tristes rougissent lorsqu’il évoque la guerre en Ukraine et l’ordre de mobilisation annoncé le 21 septembre par Vladimir Poutine. Il avait prévu de longue date ces vacances de dix jours avec sa compagne et un couple d’amis, mais il se demande désormais s’il ne ferait pas bien de prolonger indéfiniment son séjour.

« Je suis terrifié à l’idée de rentrer en Russie pour qu’ils me mettent un fusil dans les mains, et m’envoient tuer ou mourir pour Poutine, pour une guerre qui me révolte, mais je ne vois pas non plus comment je pourrais quitter la Russie, ma famille, mon travail. »

Un dilemme qui est celui de beaucoup de jeunes voyageurs interrogés. Seul Ruslan, Moscovite de 29 ans, se dit prêt, si besoin, à rejoindre les drapeaux « pour faire son devoir », même s’il n’approuve la guerre que du bout des lèvres : « Je suis contre toute guerre d’agression, mais c’est compliqué de démêler les faits, il y a tellement de désinformation... »

Une plage d’Antalya en août 2022. © Photo Diego Cupolo / NurPhoto via AFP

Depuis l’annonce de la mobilisation, censée ne concerner qu’environ 300 000 personnes ayant déjà une expérience militaire, mais qui semble en réalité s’étendre bien plus largement à la population russe, les billets pour la Turquie s’arrachent à prix d’or, plusieurs milliers d’euros pour un aller simple.

Confrontée à une explosion des demandes, la compagnie aérienne nationale Turkish Airlines a annoncé qu’elle n’entendait pas augmenter le nombre de ses vols. La Turquie, qui ne demande pas de visas aux citoyennes et citoyens russes, est un des rares pays à continuer à desservir les aéroports de Russie. Ce sont entre 100 et 150 vols qui arrivent chaque jour en Turquie, dont plus de la moitié à Antalya, région qui accueille traditionnellement chaque été plusieurs millions de vacancières et vacanciers russes.

Depuis le début de la guerre, de nombreux Russes qui ont fait le choix de quitter leur pays se sont installés dans la ville ou ses environs. Ils sont en majorité jeunes, anglophones, et exercent des métiers qui leur permettent de travailler à distance. 

Une nouvelle vague d’exilés 

Impossible de connaître leur nombre, mais dans la station balnéaire chic de Kas, 60 000 habitant·es, le groupe récemment créé sur la messagerie Telegram « Les Russes de Kas » compte près de 6 000 membres.


Vera y est arrivée le mois dernier. Attablée dans la cour ombragée d’un café, son anxiété, la colère et la honte qu’elle dit éprouver envers ses amis ukrainiens contrastent avec le farniente ambiant. « Je suis malheureuse en plein paradis », se désole cette avocate qui, pour conjurer ses cauchemars réguliers, tente de venir en aide à ceux restés en Turquie qui manifestent ces jours derniers. « Je suis en contact avec l’ONG OVD-Info et je fournis par son intermédiaire des conseils légaux aux manifestants et aux personnes détenues », explique Vera. Elle travaille également ces derniers jours à fournir des invitations rédigées par des entreprises turques aux hommes souhaitant quitter la Russie pour leur permettre de traverser les contrôles douaniers dans de bonnes conditions : « L’un d’entre eux vient d’arriver hier, il se remet de la panique qu’il a éprouvée. »

Les frontières terrestres avec la Géorgie et le Kazakhstan, comme les avions à destination de l’Arménie, de la Serbie ou de la Turquie, sont le théâtre d’un sauve-qui-peut qui pourrait s’intensifier à l’avenir.

Evgeny, lui, avait pris ses précautions. Ce trentenaire originaire de Saint-Pétersbourg a quitté la Russie il y a plusieurs mois avec son épouse et les enfants de celle-ci. « Je m’inquiétais de l’évolution de la situation et du totalitarisme grandissant du pouvoir. En 2021, j’avais demandé un passeport, au cas où je devrais quitter le pays dans l’urgence », se souvient ce graphiste.

Plusieurs de ses proches aimeraient les rejoindre en Turquie. « Mais ce n’est pas facile avec le prix des tickets, les avions complets, et tout le monde ne peut pas travailler à distance. D’autres, comme ma mère, doivent s’occuper de leurs parents âgés. » S’ils sont tous contents d’avoir pu s’installer en Turquie, ils considèrent leur présence comme temporaire et espèrent pouvoir bénéficier d’un visa humanitaire pour rejoindre l’Europe. À défaut, d’autres songent à partir en Asie. 

L’espoir d’un visa pour l’Europe

Certains pays nordiques et les pays Baltes n’ont pas caché leur hostilité à l’accueil de citoyens russes fuyant la conscription obligatoire. « Ce n’est pas le rôle de la Lituanie ni des autres États de sauver les citoyens russes de la mobilisation », a ainsi déclaré la première ministre lituanienne, Ingrida Simonyte, estimant qu’ils auraient dû manifester plus tôt et plus ouvertement leur opposition à la guerre ou qu’ils doivent rester dans leurs pays pour, hypothèse peu probable, y renverser leur dirigeant. « Nous ne sommes pas les seuls à avoir encouragé Poutine par notre passivité, les Européens aussi ont eu peur de lui, comme nous, et l’ont laissé se croire tout permis », se défend Evgeny.

À LIRE AUSSIEntre Ukraine et Russie, la Turquie se maintient sur un fil

24 mars 2022Lire plus tard

Poursuivant son fragile jeu d’équilibrisme géopolitique, le président turc Recep Tayyip Erdoğan était rentré de sa visite du mois d’août en Russie en annonçant l’intégration de Mir, système russe de paiement par carte bancaire aux grandes banques du pays, afin de simplifier la vie des touristes russes et les échanges commerciaux entre les deux pays. Mais à la suite d’une nouvelle vague de sanctions américaines, deux grandes banques privées turques ont annoncé qu’elles s’en retiraient. Elles pourraient être suivies par les établissements bancaires publics, inquiets de possibles rétorsions américaines.

« Cela devient compliqué de retirer de l’argent ou d’ouvrir un compte », s’inquiète Evgeny, qui n’imagine pas retourner en Russie, pas plus que les autres exilés qui tentent de noyer leur anxiété dans l’eau turquoise. « Cette guerre a bouleversé nos vies, mais les véritables victimes sont les Ukrainiens qui sont sous les bombes et qui ne quittent jamais nos pensées », tient à souligner Vera.

Raphaël Boukandoura