O ROMBO NO ORÇAMENTO DA CULTURA
Thallys Braga, Amanda Gorziza e Renata
Buono | 19dez2022_08h02
Dentro de duas semanas, quando tomar posse como
presidente da República, Lula terá que reestruturar o extinto Ministério da
Cultura. No governo Bolsonaro, a pasta foi transformada numa secretaria dentro
do Ministério do Turismo. Esse será apenas o primeiro desafio da equipe do
petista, que escolheu a cantora Margareth Menezes para chefiar a pasta. Ao
longo dos quatro anos de governo, Bolsonaro cortou os recursos da Cultura. Em
2022, os investimentos da União no setor caíram 63% em relação a 2018. Hoje,
para ser aprovado na Lei de Incentivo à Cultura, um projeto de artes visuais
demora onze semanas a mais que antes. Uma vez aptos, os projetos recebem menos
recursos do que
aqueles pagos pelos governos Dilma e Temer. Nesta semana,
o =igualdades ilustra o rombo que Bolsonaro deixa para a
Cultura.
O governo Bolsonaro instituiu um orçamento de R$ 1,67 bilhão para a Cultura em 2022, dos quais R$ 561 milhões já foram pagos. A maior parte do dinheiro foi usada para a administração interna da Secretaria. Para o financiamento de projetos culturais, foram liberados, até agora, R$ 89,5 milhões. A quantia é 63% abaixo dos R$ 245,5 milhões injetados no setor pelo governo de Michel Temer em 2018.
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