Autoridades, socorram o Pelourinho
Tribuna da Bahia, Salvador
Vi em dois grupos na rede social watsapp um assalto com agressão violenta a dois turistas no Pelourinho, seguido de um desabafo de um baiano que convive na região, alertando que esse é um fato constante, corriqueiro, do dia a dia. Devo dizer que ano passado fui ao Pelourinho levando duas amigas turistas que estavam em Salvador, e em frente à casa do Benin, a poucos metros de uma unidade policial, dois jovens atacaram uma das amigas e a outra saiu em sua defesa levando um violento soco no nariz que imediatamente jorrou sangue. Eu estava no carro a poucos metros e nada pude fazer senão assistir a cena rápida, sendo que ambos fugiram como num passe de mágica. Hoje vi num dos vídeos que policiais entravam num bar seguindo os marginais do assalto de hoje, por sinal violento, com agressões que deixaram os turistas sangrando muito.
Diante dos fatos me questionei, o porque de tanta ousadia destes marginais, pois sabem que ali tem policiamento, trata-se de um local visado e fui buscar as explicações com os órgãos competentes. Com militares da polícia militar e com representantes da segurança pública, encontrei explicações que precisam ser levadas em consideração pelos cidadãos e principalmente por todas as autoridades de todos os poderes nos três níveis da organização do Estado Brasileiro, Município, Estado e União Federal.
O marginal que comandou o assalto aos turistas do Pelourinho hoje, foi rapidamente identificado pela PM, trata-se de um menor de idade, que já foi preso e solto, está envolvido num assassinato que ocorreu no Carnaval na praça Castro Alves, por ser menor de idade, após uma audiência de custódia, está livre, leve e solto, praticando mais crimes. “ Formamos agora 1609 PM’s que irão para as ruas e não resolverão como a sociedade clama. No Brasil falta desde uma legislação mais atualizada até verdadeiras condenações para criminosos reincidentes, temos prendido como nunca e a sociedade pensa que só Polícia resolverá, nós apenas mitigamos ao tirar o criminoso da rua e o mesmo é liberado na audiência de custódia”. Essa é a triste realidade que estamos vivendo em nosso país e no nosso Estado, esse foi o desabafo do policial.
Na Secretaria de Segurança Pública, ouvi que o trabalho desde o início do governo visa fortalecer o policiamento daquela região, mas a maioria dos marginais são menores, até alguns, que possuem maior idade, também estão sendo rapidamente liberados após audiências de custódia. “ Trata-se de um problema social, que além da polícia, precisa envolver as secretarias de educação, cultura, turismo, prefeitura, justiça, Ministério Público, comerciantes, população em geral, casas abandonadas, que servem de esconderijo de drogas e marginais. A secretaria deseja buscar e está empenhada em fazer uma força tarefa para numa maratona incansável buscar unir todos estes pontos e combater com efetividade essas ocorrências, transformando-as em excessões e não rotineiras”.
Clamamos a todas as autoridades, de todos os níveis, ações conjuntas, com o objetivo de combater de forma efetiva estas ocorrências graves, que são absurdas e tanto mancham a imagem da nossa Bahia, Brasil afora.
*Marcelo Sacramento de Araújo, é Vice-Presidente da Tribuna da Bahia.
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