segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

EINSTEIN E O RACISMO

A pouco conhecida luta de Einstein contra o racismo

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Quando falamos de Albert Einstein, é comum pensarmos automaticamente em conceitos como a teoria da relatividade. Mas pouco se fala sobre sua paixão pelos direitos humanos e suas manifestações contra o racismo e a segregação. Para ele, a inteligência humana pode ficar cega quando infectada pelo racismo histórico.
Por ser judeu, sua propriedade foi confiscada pelo governo nazista e perdeu a cidadania alemã. Mudou-se para os Estados Unidos e passou a lecionar no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton. Em um discurso feito na Licoln University, na Pensilvânia, durante o ano de 1946, quando foi receber uma nomeação honorária, o cientista soltou, em meio a seu discurso sobre física, que o racismo é “uma doença das pessoas brancas”. A frase teve grande sentido não só pela mensagem, mas também pelo local onde foi pronunciada, já que a universidade foi a primeira a conceder graduação para afro-americanos.
Após a palestra, Albert Einstein trocou correspondências com ativistas pelos direitos civis dos negros e se colocou, publicamente, a favor do fim das leis de segregação racial nos Estados Unidos.
Einstein publicou no mesmo ano um artigo em que aborda a questão racial dentro dos Estados Unidos, país que na época ainda vivia sob a política da segregação. Para ele, a nação apresentava um notório “traço democrático” e um “grande respeito pela dignidade humana”. Com o grande porém de que estes eram unicamente limitados aos cidadãos brancos estadunidenses.
Para o físico, as opiniões racistas eram resultado de comportamentos e emoções absorvidos pelas pessoas quando crianças. As atitudes decorrentes disso são tanto causas como efeitos da exploração econômica realizada e de padrões que emergem de circunstâncias históricas distintas.
Como exemplo, Einstein cita os gregos antigos, que utilizavam seus presos de guerra como escravos. Até mesmo Aristóteles, um dos maiores filósofos da época, foi vítima da influência sócio cultural em que estava incluso e acreditava piamente que os escravos eram criaturas inferiores justamente alienados de sua liberdade.
cientista rebate aqueles que poderiam constestar suas críticas. Para ele, um visitante maduro de outro país é muitas vezes mais capaz de ter um “olhar agudo para o peculiar e característico” podendo trazer insight úteis para as pessoas daquele nação.
Para consertar a situação, uma tarefa difícil mas não impossível para o cientista, era preciso coragem para dar um bom exemplo e não acomodar-se ao ver as crianças cederem às influências racistas presentes em uma nação.

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