Ouso acusar que o baiano desperdiça poder. Fecha o cenho e distorce a autoridade que detém num instante em que pode decidir entre a generosidade e a pirraça. A regra, sobretudo nos últimos tempos, é optar pela pirraça. Que pena!
Aos 67 anos, continuo apanhando nessa esquina.
No sábado (09nov2019), como faço com regularidade, fui passear de carro com meus pais e os levei ao Palacete das Artes, destino cultural que visito todos os meses. Embiquei o veículo perante o portão do acesso a fim de desembarcá-los e à cadeira de rodas que os auxilia nos trechos pedestres. Imaginei que a segurança recordasse dessa operação que se repete há tempo.
A Rua da Graça estava movimentada nos dois sentidos e pretendi ingressar o mais rápido possível no pátio do equipamento público. Foi por isso que me dirigi a portaria e houve o desencontro com o segurança que abriu o portão. Quando retornei, fui surpreendido com aspereza invulgar. O diálogo foi próximo disto que se segue.
– O que o senhor deseja?
– Prezado, o que poderia desejar alguém que está sobre a calçada tentando ingressar no pátio?
– O senhor precisa explicar. Sequer deu boa tarde!
Tentei relembrá-lo de que já estivera ali e que tenho alguma aproximação com dirigentes da casa.
– O senhor está falando isso para me ameaçar?
Preferi o silêncio. Tivemos o acesso permitido. Desembarquei os meus pais e até contei com o empréstimo de cadeira de rodas da instituição.
Aos 67 anos, continuo apanhando nessa esquina.
No sábado (09nov2019), como faço com regularidade, fui passear de carro com meus pais e os levei ao Palacete das Artes, destino cultural que visito todos os meses. Embiquei o veículo perante o portão do acesso a fim de desembarcá-los e à cadeira de rodas que os auxilia nos trechos pedestres. Imaginei que a segurança recordasse dessa operação que se repete há tempo.
A Rua da Graça estava movimentada nos dois sentidos e pretendi ingressar o mais rápido possível no pátio do equipamento público. Foi por isso que me dirigi a portaria e houve o desencontro com o segurança que abriu o portão. Quando retornei, fui surpreendido com aspereza invulgar. O diálogo foi próximo disto que se segue.
– O que o senhor deseja?
– Prezado, o que poderia desejar alguém que está sobre a calçada tentando ingressar no pátio?
– O senhor precisa explicar. Sequer deu boa tarde!
Tentei relembrá-lo de que já estivera ali e que tenho alguma aproximação com dirigentes da casa.
– O senhor está falando isso para me ameaçar?
Preferi o silêncio. Tivemos o acesso permitido. Desembarquei os meus pais e até contei com o empréstimo de cadeira de rodas da instituição.
Ao dirigi-me a outro segurança e certo de que se repetiria o trato lhano que recebera dele em visita anterior, o camarada me desconheceu e desde então passou a me olhar com certo rancor. Por quê? Não sei.
A cordialidade baiana... A colunista e folclorista Hildegardes Viana (1919-2005) se preocupou com esse tema e apontava, lá atrás, a falência dessa qualidade. A realidade agora é outra e muitos foram os fatores recentes que intervieram na mudança comportamental que tem se acentuado. Aqui, não discuto o mérito da mudança.
A cordialidade baiana... A colunista e folclorista Hildegardes Viana (1919-2005) se preocupou com esse tema e apontava, lá atrás, a falência dessa qualidade. A realidade agora é outra e muitos foram os fatores recentes que intervieram na mudança comportamental que tem se acentuado. Aqui, não discuto o mérito da mudança.
Enfim, fui ao Palacete para ver a coletiva de 15 fotógrafos, três dos quais laureados na disputa, que concorreram ao Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger 2019, patrocinado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB). Do que vi, destaco o trabalho do fotógrafo carioca Edu Monteiro – https://www.edumonteiro.com/ –, cuja série de flagrantes de capoeira está iluminada e impressa em pergaminho (foto 1). A mostra permanece até 24 de novembro na Sala Contemporânea Mário Cravo Jr.
Visitei, ademais, na Galeria Mansarda, no sótão do antigo lar do comendador Bernardo Martins Catharino (prédio principal do Palacete das Artes, foto 2, detalhe), a exposição “A Salvador de Adenor Gondim, o fotógrafo da ventania”, inciativa da professora Claudia Ad Lima, autora de tese sobre fotografia defendida em universidade portuguesa.
Visitei, ademais, na Galeria Mansarda, no sótão do antigo lar do comendador Bernardo Martins Catharino (prédio principal do Palacete das Artes, foto 2, detalhe), a exposição “A Salvador de Adenor Gondim, o fotógrafo da ventania”, inciativa da professora Claudia Ad Lima, autora de tese sobre fotografia defendida em universidade portuguesa.
Enfim, foi apenas mais uma tarde com meus pais.
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