Bolsonaro recua, defende medidas 'racionais' contra Covid-19 e dá trégua a governadores
por Matheus Caldas / Jade Coelho / Mauricio Leiro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu novo pronunciamento na noite desta terça-feira (31), em rede nacional. Em tom mais moderado, o chefe de Estado recuou, utilizou dois dos cinco minutos da declaração para reproduzir um discurso do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, e falou que “as medidas protetivas devem ser implementadas de forma racional e coordenada”.
“Desde o inicio do governo temos trabalhado em todas as frentes para sanar problemas históricos e melhorar a vida das pessoas. O Brasil avançou muito nesses 1 ano e 5 meses. Agora estamos no maior desafio da nossa geração. Minha maior preocupação sempre foi salvar vidas, tanto pela pandemia, quanto pelo desemprego e fome”, disse.
Após, de forma recorrente, defender a amenização do isolamento social e da quarentena, Bolsonaro lembrou “a importância de medidas de prevenção no controle da pandemia“. “[É momento de] pensar nas mais vulneráveis. Minha preocupação, desde o principio, o que será do camelô, diarista, ajudante de pedreiro, caminhoneiros, e outros autônomos?”, declarou.
Em tom mais moderado, o presidente não minimizou os impactos da pandemia, e pregou organização para “evitar perdas humanas”. “Todas as vidas importam”, frisou. “Na última reunião do G20, nós, chefes de Estado, acordamos que iriamos vamos preservar vidas”, indicou.
Cobrado para ser a liderança do país no combate ao vírus, Bolsonaro afirmou que sua “obrigação é reorganizar o país e ter um país ainda mais forte após a epidemia”, e adotou postura de trégua com governadores e prefeitos. “Reafirmo o meu pacto para a preservação da vida e a união de todos, governadores, prefeitos e todos. Deus abençoe nosso amado Brasil”, finalizou.
Assista ao pronunciamento completo:
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