Filho de desembargadora e advogado cogitaram matar um dos investigados da Faroeste
por Cláudia Cardozo
O filho da desembargadora Sandra Inês Rousciolelli, Vasco Rousciolelli Azevedo, em uma gravação interceptada pela Polícia Federal, afirmou que gostaria de matar Antônio Roque Neves, assessor do então presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Gesivaldo Britto. Na conversa, Vasco – conhecido como Vasquinho, manifesta ira pelos atos de Roque, um dos investigados na Operação Faroeste.
Na conversa, Vasco diz: “Eu tenho vontade de matar Roque, véi... tô sendo sincero”. Vasco diz ainda para fazerem uma ata notorial do que estava acontecendo para poder chantagear Roque, e que teria que dar uma queixa no Ministério Público para Roque dizer o que fez, e que, provando que Roque havia coagido uma mulher, envenenaria todo o inquérito. O diálogo travado com o advogado Júlio Cesar Cavalcanti. “Oh Júlio, o que a gente vai fazer com Roque? Tem que matar Roque”, disse Vasco. Júlio responde: “Eu já possuo o endereço dele, CPF, placa de carro, a porra toda já”. “Se você desse uma solução mesmo, acho que eu soltava essa oposição (risos)”, disse Vasco. Júlio ainda pergunta se ele teria coragem mesmo. “Se der uma solução nele...Rapa, o cara está querendo me fuder de tudo quanto é jeito. Você tinha que fuder com ele. O que você vai fazer, o problema é seu”, disse o filho da desembargadora.
Júlio disse que ia “pensar direitinho” e Vasco afirmou que deveria ser algo que “lenhasse ele”, como ser preso. Logo depois, eles falam que as coisas “começariam a andar”, e que o juiz Sérgio Humberto Sampaio iria cair. “O circo vai pegar fogo, não tenho dúvida nenhuma agora. Eu estou lá perto do povo. Eu tô lá, pow. Eu estou vendo os conchavos e tudo. O circo vai pegar fogo! Roque, Maria do Socorro, Gesivaldo, Adailton. Não, Adailton vai cair de qualquer jeito. Mas do Judiciário quem vai cair? Sérgio Humberto, pow. E o tribunal sai ileso, entendeu?”, anunciou Júlio Cesar. Os dois ainda cogitaram a possibilidade do juiz Sérgio Humberto deixar o processo para tentar se livrar de uma acusação de venda de sentenças.
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