terça-feira, 27 de abril de 2021

BIDEN E O GENOCÍDIO ARMÊNIO

 Joe Biden reconhece genocídio armênio pelo Império Otomano



Joe Biden se tornou neste sábado (24/4) o primeiro presidente na história dos Estados Unidos a reconhecer formalmente o genocídio armênio pelo Império Otomano. A declaração foi feita no dia em que foram recordados os 106 anos do massacre. 

"Todos os anos, neste dia, recordamos as vidas de todos os que morreram no genocídio armênio da era otomana e reiteramos o compromisso de que essa atrocidade não volte a ocorrer", afirmou o mandatário em nota divulgada no site da Casa Branca. 

"Começando em 24 de abril de 1915, com a prisão de intelectuais e líderes comunitários armênios em Constantinopla (atual Istambul) pelas autoridades otomanas, 1,5 milhão de armênios foram deportados, massacrados ou marcharam para a morte em uma campanha de extermínio", acrescentou Biden. 

O comunicado não citou nenhuma vez a Turquia, que era o coração do Império Otomano, e afirmou que o objetivo do reconhecimento do genocídio não é "apontar culpados", mas garantir que o que aconteceu "jamais se repita". 

"Hoje, enquanto lamentamos o que foi perdido, também voltemos nossos olhos para o futuro. Um mundo imaculado pelos males diários do fanatismo e da intolerância, onde os direitos humanos sejam respeitados e onde todas as pessoas possam levar suas vidas com dignidade e segurança".

Ainda assim, a declaração causou desconforto no governo turco, que até hoje não reconhece o genocídio. "Aconselhamos o presidente dos Estados Unidos a olhar para o seu próprio passado e presente", disse Ibrahim Kalin, porta-voz da presidência da Turquia. 

O Império Otomano é acusado de ter cometido genocídio contra os armênios a partir de 1915, quando, além dos assassinatos, ocorreram deportações em massa. Conforme foi mencionado por Biden, estima-se que tenham morrido 1,5 milhão de armênios.


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