Nascido de uma mãe venezuelana Elena Maria Echenaguera (1831-1912) e de um pai procedente de Hamburgo, Carlos Hahn, Reynaldo Hahn é o caçula de quatro irmãos (Herman, Federico, Carlos, Edouardo) e de cinco irmãs (Elisa, Elena, Isabel, Maria, Clavita). Carlos Hahn, tendo se estabelecido na Venezuela para fazer fortuna, tornou-se amigo e conselheiro do presidente Antonio Guzmán Blanco. Após o fim do mandato deste, sentindo-se ameaçado por seus inimigos, Carlos parte para Paris com toda sua família, em 1878; Reynaldo tem apenas três anos.
Com pendores musicais, ingressa no Conservatório de Paris em outubro de 1885 tornando-se aluno de Albert Lavignac e de Jules Massenet em composição. Com treze anos, compõe jà ume célebre melodia Si mes vers avaient des ailes (Se meus versos tivessem asas). A partir de 1890, passa a freqüentar a família Daudet; é em sua casa que serão interpretadas pela primeira vez as Chansons grises na presença de Paul Verlaine.
Importunado por sua origem judaica, precisou deixar Paris em 1940, transladando-se para Cannes e, em seguida Monte-Carlo. Em 1945, de volta a Paris, é eleito membro da Académie des Beaux-Arts e torna-se diretor da Ópera de Paris.
Com sua música voltada para o passado, é, para muitos, o músico da Belle Époque, o autor de encantadoras melodias e de operetas. Mas uma grande parte de sua obra está ainda por se descobrir, apresentando outras facetas de seu talento.
Proust escreveu em suas Crônicas : …este " genial instrumento da música " chamado Reynaldo Hahn consterna todos os corações, molha todos os olhos, no arrepio de admiração que propaga e que nos faz tremer, nos curva todos um após o outro, numa silenciosa e solene ondulação dos trigais sob o vento. » (Le Figaro, 11 mai 1903)
Philippe Jaroussky (Maisons-Laffitte, 13 de fevereiro de 1978) é um contratenor francês especializado em música barroca.
Jaroussky (o sobrenome russo vem de um avô, que fugiu da Revolução Bolchevique) cresceu em Maisons-Laffitte, subúrbio de classe média alta, situado a 18 km de Paris. Seu pai, Daniel, é agente comercial, e sua mãe, Jacqueline, trabalhava em projetos de iluminação, enquanto seu irmão, Didier, 10 anos mais velho, vende computadores.
Ninguém na família é especialmente musical, embora Jacqueline adorasse ouvir discos de Maria Callas. Quando criança, Philippe desenhava e pintava cópias de obras-primas de Picasso e Van Gogh. Seus pais achavam que ele se tornaria um pintor.
As crianças francesas têm aulas de música na escola - uma hora por semana. Aos 11 anos, Philippe começou a tocar violino. Estudou violino, piano, harmonia e contraponto no conservatório de Versalhes.
Estudava o violino com paixão e ganhou o primeiro prêmio no Conservatório de Versalhes. Aos 15 anos, começou a estudar piano. Ele diz que era um bom músico, mas os adultos à sua volta lhe diziam que ele tinha começado a tocar tarde demais. O mesmo ocorreu com o canto, aos 15 anos.
"Finalmente, quando eu comecei a cantar, todo mundo me dizia: "Ah, você ainda é muito jovem."
Sua epifania musical veio, em 1996, aos 18 anos, quando, por acaso, foi a um concerto barroco em que Fabrice di Falco, um sopranista da Martinica, cantou.
No mesmo ano, começou seus estudos de canto com Nicole Fallien e continuou no Departamento de Música Antiga do Conservatório de Paris, onde obteve o diploma de violinista.
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