Vitor Serrão · ·
"ANJOS SUBMERSOS"... Passaram dois anos. Em pleno confinamento, fui chamado em missão ao Alvito pela DRCA: a Empresa Samthiago, ao proceder ao restauro dos azulejos seiscentistas da igreja matriz, descobriu uma vasta decoração a fresco de fim do século XVI ou início do XVII que «apareceu» sob a camada da azulejaria de padronagem colocada por volta de 1660 que forra o corpo da belíssima igreja matriz. São restos de uma campanha pintadda pela oficina eborense de José de Escovar, com anjos músicos, similar à que pintaria depois na Capela de São Sebastião. A decoração, que ocupava a sanca das paredes do cruzeiro e se estendia ao arco triunfal, estava muito danificads pela ulterior aposição cerâmica, pelo que o remanescente de tais anjos músicos apenas foi conservado e documentado, e deixados testemunhos da sua existência. Pedindo-me Ana Paula Amendoeira para aferir da sua valia, filiação, data, etc, foi consensual entre os técnicos de conservação e restauro, a paróquia, e o historiador de arte, a solução que vingou. Ficou a saber-se que o operoso fresquista Escovar, tão activo de 1583 a 1622 na arquidiocese de Évora, também interveio nesta matriz.
"ANJOS SUBMERSOS"... Passaram dois anos. Em pleno confinamento, fui chamado em missão ao Alvito pela DRCA: a Empresa Samthiago, ao proceder ao restauro dos azulejos seiscentistas da igreja matriz, descobriu uma vasta decoração a fresco de fim do século XVI ou início do XVII que «apareceu» sob a camada da azulejaria de padronagem colocada por volta de 1660 que forra o corpo da belíssima igreja matriz. São restos de uma campanha pintadda pela oficina eborense de José de Escovar, com anjos músicos, similar à que pintaria depois na Capela de São Sebastião. A decoração, que ocupava a sanca das paredes do cruzeiro e se estendia ao arco triunfal, estava muito danificads pela ulterior aposição cerâmica, pelo que o remanescente de tais anjos músicos apenas foi conservado e documentado, e deixados testemunhos da sua existência. Pedindo-me Ana Paula Amendoeira para aferir da sua valia, filiação, data, etc, foi consensual entre os técnicos de conservação e restauro, a paróquia, e o historiador de arte, a solução que vingou. Ficou a saber-se que o operoso fresquista Escovar, tão activo de 1583 a 1622 na arquidiocese de Évora, também interveio nesta matriz.
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