Em 1992 o IPAC restaurou com extremo cuidado um casarão na
Rua Direita de Santo Antônio, 60 para a cantora Sarajane que pretendia usar o
espaço como estúdio de gravação. Despesas na conta do contribuinte, claro.
Parte da encosta foi abocanhada por uma ampla laje, sem
muita preocupação com o meio ambiente.
Os anos passaram, nenhuma gravação nunca saiu do belo
casarão, usado para vários fins, geralmente comerciais.
Até que o governo resolveu retomar o imóvel.
O térreo foi concedido ao restaurante de comida africana
Zanzibar.
No fim de 2022, a CONDER resolveu retirar um casebre improvisado
na encosta contra a laje do Zanzibar. Onde foram parar os moradores, ninguém
sabe.
O que a CONDER não tinha previsto aconteceu: com as chuvas torrenciais de novembro e dezembro, boa parte da laje, agora sem respaldo, desabou, escorregando sobre a encosta.
O perigo ronda em vários quintais vizinhos e até nas traseiras da igreja barroca do Boqueirão.
Uma imensa cajazeira, que nunca foi podada, contribui a
inquietação geral.
Geral? Nem tanto: até hoje nem a CONDER, responsável pelo desastre, nem o IPAC, proprietário do imóvel, nem a Codesal se mobilizaram.
Esperam o quê?
Que parte do casario do bairro de Santo Antônio se
transforme em entulho na Cidade Baixa, com mortos e feridos?
Mas é muita irresponsabilidade!
Antigamente,era cidade Alta e Cidade Baixa...Aí meteram"mais um andar" entre as duas cidades...O andar do meio...De favela...
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