quinta-feira, 1 de março de 2018

DAS PERDAS, O "BALBININHO"





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Há perdas simbólicas e territoriais no tecido urbano de Salvador cuja lacuna - como a da demolição do Ginásio Antônio Balbino, o Balbininho - é difícil mensurar - no que tange, tanto ao equipamento desportivo e sua acessível localização no espaço central da cidade, quanto à figura do homenageado, que perdeu a homenagem e a visibilidade num lance de urbanidade. A mobilidade viária já não é o bonde, como durante seu governo, nos anos 50, mas os automóveis.
Afinal, Antônio Balbino foi o atingido de imediato pela demolição comprada pelo colega Jaques Wagner, cerca de 55 anos depois, para estacionamento da Arena Itaipava e sem contrapartida, junto a piscina olímpica, afogando o desporto baiano durante uma década que ainda se estende.
Antônio Balbino de Carvalho Filho (Barreiras, 22 de abril de 1912 — Rio de Janeiro, 5 de maio de 1992) é um dos mais notáveis políticos do Brasil, além de professor e jornalista, foi governador da Bahia, ministro, senador, deputado. Era tido como um "gênio". Acabou, nesse caso, menosprezado. Observe-se que o complexo homenageava dois ex-governadores, com Octávio Mangabeira:
"Pense num absurdo, na Bahia tem precedente".
Ao assombro da crítica, contudo, não se diga que deixo de estar solidário com o secretário de Desenvolvimento Econômico no que diz respeito à ação midiática da Polícia Federal.

Albenísio Fonseca

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