terça-feira, 27 de dezembro de 2016

OBRAS DE SANTA ENGRÁCIA

São Obras de Santa Engrácia


Qual nação que não tem seu edifício que nunca mais acaba de ser construído. Em Espanha, talvez a mais conhecida, seja a Sagrada Família em Barcelona de Gaudi, que já tem mais de 100 anos, ainda não está finalizada.



Em Portugal, a expressão utilizada é "São obras de Santa Engrácia", mais precisamente a Igreja de Santa Engrácia em Lisboa, onde se encontra localizado o nosso Panteão Nacional.
Significado: Aquilo que não tem fim.



Origem: Deve-se ao facto da construção da igreja de Santa Engrácia, situada na freguesia de São Vicente de Fora, onde é hoje o Panteão Nacional, ter demorado cerca de 350 anos a ficar concluída.
Ver a outra versão da origem da expressão, no blogue em baixo mencionado, fica aqui a versão popular: Simão Pires, um cristão­ novo, cavalgava todos os dias até ao convento de Santa Clara para se encontrar, às escondidas com Violante, que se tinha tornado em noviça à força, por vontade do pai. Um dia, pediu à amada para fugir com ele, dando-lhe um dia para decidir. Pobre Simão, no dia seguinte foi acordado pelos homens do rei que o vinham prender acusando-o do roubo das relíquias da igreja de Santa Engrácia que ficava perto do convento.


Para não prejudicar a sua amada, Simão não revelou a razão por que tinha sido visto no local. Alegou inocência, mas foi preso e condenado à morte na fogueira, que se realizaria junto da nova igreja de Santa Engrácia, cujas obras já tinham começado. Enquanto as labaredas envolveram o corpo de Simão, este gritou que “Era tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem!”.
Os anos passaram e a verdade foi confirmada. A freira Violante foi um dia chamada a assistir aos últimos momentos de um ladrão que tinha pedido a sua presença. Revelou-lhe que tinha sido ele, o ladrão das relíquias e sabendo da relação secreta dos jovens, tinha incriminado o Simão. 
Entretanto, um facto singular acontecia, as obras da igreja iniciadas à época da execução de Simão pareciam nunca mais ter fim. De tal forma que o povo se habituou a comp
arar “Tudo aquilo que não mais acaba” às obras de Santa Engrácia.

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