Sai do
Hospital Espanhol desanimado. Notícias ruins. Paro o primeiro taxi que aparece.
“ Por favor, me leve até o Santo Antônio”. O motorista está com televisão
acoplada ao volante. Ligada. Peço para desligar. Ou será que não é perigoso
dirigir olhando novela? Como ele recusa, na altura da Associação Atlética,
mando parar. Me obriga a pagar pouco mais que a bandeira.
Reservo um taxi para
levar amigos ao aeroporto. Meia-hora depois da hora marcada ainda não chegou
nem responde ao celular. Por sorte aparece outro taxi. Meus amigos chegaram a
tempo. Faço com outro motorista um acordo para levar um casal de turistas até
Cachoeira. Aparece quando o casal, irritado por exagerada demora, acaba de
entrar em outro taxi.
Outra vez, convidado a almoçar na ilha de Maria Guarda
com mais duas pessoas, fretamos um taxi para o dia inteiro. Ficaria esperando
em Madre de Deus.
Voltamos da ilha, nada de taxi. Evaporou.
Em vão
tentamos comunicar. Quando finalmente atende, explica que está num engarrafamento
na entrada da cidade, não pode passar. No entanto, vários ônibus chegam sem
problema. A verdade é que ele voltou a Salvador para atender outros clientes,
deixando-nos de molho por mais de duas horas.
Frente a Perini da Barra, desta
vez acertei com um taxista jovem, educado, carro impecável. Durante alguns
meses, tudo perfeito. Mas os problemas começam durante a II Bienal da Bahia,
com o vai e vem de artistas hospedados na minha casa. No estacionamento do aeroporto
o dito briga com os funcionários por meia-hora. E o cliente esperando dentro do
carro... A outro artista pede licença para passar rapidinho entregar uma
encomenda na Pituba. Com aquela escultora tão bela quanto talentosa, dá uma de
play-boy metido a Airton Sena enquanto cantarola no volante. Irritada, ela não
se rende ao charme do taxista que nunca mais trabalhou para mim.
Hoje estou
aguardando, esperançoso, o Uber.
Nenhum comentário:
Postar um comentário