O Discurso da mestiçagem a serviço da branquitude: Antônio Risério e as contradições de um racismo “anti”racialista
Domingo, 17/12/2017, foi publicado na Folha de S. Paulo o artigo do antropólogo Antônio Risério. Tivemos contato com o texto em função do seu número significativo de compartilhamentos nas redes sociais. Dado isso, e o fato de o tema abordado ser orgânico não somente nos nossos estudos e pesquisas, mas no modo como aprendemos a enxergar a sociedade, achamos importante travar um diálogo com o texto, a partir de nossa perspectiva – intelectual, epistemológica e política – sobre a questão.
O antropólogo escreve pontos realmente importantes para o debate racial, como as categorias de classificação raciais e seu uso, a mestiçagem brasileira, o lastro político em que se assentam nossas condutas pessoais no que tange à raça. Contudo, o texto recai exatamente sobre o erro que pretende combater. Afirmamos isso a partir da análise de três questões fundamentais que o texto aborda. E pretendemos ilustrar nossa afirmação da maneira mais simples e didática possível – pois, a primeira ambiguidade quanto a errar pela afirmação do que pretende combater se evidencia pela não explicitação dos marcos conceituais de que parte o ensaio de Risério.
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