Delação de Geddel Viera Lima cita acertos em obras e caixa 2 para duas campanhas de ACM Neto à prefeitura
Caiu como uma verdadeira bomba no final da tarde desta terça-feira (26/12) em Salvador, a informação oriunda de fontes ligadas à PGR, de pessoas ligadas à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que o ex-ministro e correligionário do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), o ex-ministro Geddel Vieira Lima, cita nos seus primeiros depoimentos do acordo de colaboração premiada, os acertos subterrâneos para liberação de obras pela Prefeitura de Salvador e o repasse de dinheiro em espécie para as suas duas campanhas ao Palácio Thomé de Souza, do herdeiro do clã carlista.
Geddel foi o pivô da maior apreensão de dinheiro sem procedência da história do Brasil e se encontra preso na Papuda desde a descoberta dos R$ 51 milhões, escondidos em um apartamento na capital baiana, feita pela Polícia Federal.
A negociação de colaboração já tinha sido fechada e as tratativas envolvem nomes da alta cúpula do DEM, PMDB e caciques do PSDB. Toda a documentação, como as oitivas, planilhas e documentos serão remetidos para análise e uma eventual homologação.
Segundo a fonte da PGR, Geddel acabou cedendo a pressão de familiares após a operação de busca e apreensão no gabinete institucional do seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e na residência da matriarca da família, Marluce Quadros Vieira Lima.
O prefeito ACM Neto, assim que teve a informação da denúncia, obtida através de um assessor durante evento de divulgação do réveillon de Salvador, saiu do local sem falar com a imprensa. Procurada, a sua assessoria informou que irá se manifestar oportunamente.
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