sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

RÁDIO COMUNITÁRIA

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Instalaram - nem sei se é esse o verbo - uma rádio comunitária, de novo, aqui no 2 de Julho. 
A primeira eu consegui desinstalar. 
Espalharam caixas de som por todo o bairro, com maior capricho justamente ao redor de onde moro. Duas caixas de som foram instaladas no poste que fica defronte a uma das janelas de meu apartamento. 
A música começa às 7h e termina (comigo) às 19h. Meus dias agora têm fundo musical. Estou me sentindo a Mary Poppins (tropical, baiana, pagodeira). 
Ninguém consultou os moradores, porque a verdade é que a rádio não é comunitária. A causa é própria. Investiguei pelo bairro o nome do responsável e falei com ele hoje. Pedi que tirasse as caixas do tal poste. Ele disse que a rádio era legalizada. 
Pensei na hora “é legal mas não é bom. A câmara vem pleiteando anistia para o caixa dois...”. Ele disse ainda que o objetivo da rádio era ajudar a “comunidade “. Pensei: “por que não chamam a Graça, o Horto Florestal, o Caminho das Árvores de comunidade? Pergunta retórica, claro”. 
Eu pensei em procurar a Sucom, mas o rapaz, sem saber de meu pensamento, falou que a Sucom já visitou a “rádio“, mediu a quantidade de decibéis (como se o problema fosse o volume) e estava tudo ok. 
Morando num dos bairros mais barulhentos da cidade mais barulhenta do país - segundo pesquisas -, que posso fazer contra uma rádio que pensa em mim? 
Por essas e outras é que detesto comunidade.

Henrique Wagner

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