segunda-feira, 18 de novembro de 2019
A PROPINA DO PROMOTOR
MP-RJ DENUNCIA PROMOTOR POR PROPINA DE R$ 1,35 MILHÃO PARA DEFENDER EMPRESÁRIOS DE ÔNIBUS
Bonazza de Assis foi denunciado por organização criminosa e corrupção passiva
Flávio Bonazza de Assis, o promotor delatado Foto: Acervo pessoal
O subprocurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Ricardo Ribeiro Martins, denunciou por organização criminosa e corrupção passiva o promotor Flávio Bonazza de Assis,
acusado de receber propina
dos empresários de ônibus em troca de vazar informações e arquivar investigações do setor, a mando da Fetranspor. Nesta quinta-feira, Bonazza de Assis se aposentou, mas a denúncia foi apresentada no dia 12 de novembro, terça-feira.
Bonazza de Assis
recebeu 22 remessas de R$ 60 mil, entregues regularmente na sede da Viação Redentor pessoalmente ao promotor por uma diretora da empresa.
Ele chegou a ter sob sua alçada 115 inquéritos ou procedimentos investigativos de interesse das empresas de ônibus. Ele arquivava notícias de fato, ou seja, quando o MP era notificado de um fato que merecesse investigação, antes de abrir um inquérito.
Num dado momento, Bonazza de Assis convenceu seus colegas das outras promotorias de Tutela Coletiva a lhe repassarem todos os casos sobre o setor de ônibus.
Segundo a denúncia do MP-RJ, “no período que perdurou entre junho de 2014 a março de 2016”, Bonazza de Assis “teria solicitado e posteriormente recebido vantagens indevidas de empresários do ramo de transporte público de pessoas”. Em contrapartida, “se comprometeu a vazar informações relevantes sobre possíveis ações ministeriais que contrariassem os interesses dos empresários, bem como agir para que as investigações em trâmite na 3a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital, da qual era, à época, o titular, não se transformassem em ações civis públicas em desfavor destes”.
A denúncia conta que a coptação de Flávio Bonazza de Assis por Jacob Barata Filho, o Rei do Ônibus, se deu em 2014. Quando Bonazza de Assis era o titular da 3a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, e conduzia um inquérito civil sobre o setor de ônibus, convocou Barata Filho para depor.
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