Familiares de Mãe Bernadete foram convocados para uma reunião com o governador do estado, Jerônimo Rodrigues (PT), na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Centro Administrativo da Bahia, nesta quarta-feira (6). Jurandir Pacífico e Wellington dos Santos, filho e neto da líder quilombola, compareceram ao encontro.
Querem fragilizar a família de Mãe Bernadete, para, assim, poderem fazer o que bem entenderem com eles, e porque sabem que somos arquivos vivos. Sabemos muito sobre a simbiose nefasta entre o governo estadual e os gigantescos empreendimentos econômicos que ocupam ilegalmente e exploram economicamente os territórios das comunidades tradicionais aqui na Bahia. Nosso compromisso é exclusivo com a defesa dessas comunidades”, disse o defensor.
Ainda de acordo com Mendez, o motivo do encontro não foi apresentado previamente. Mendez afirma que ele e Leandro Santos, o segundo representante do caso, mantiveram diálogo constante com os clientes durante a reunião, enquanto esperavam do lado de fora, para acompanhar o que era discutido.
Os assuntos foram a formalização da segurança de Jurandir e de Wellington, o fornecimento de segurança para Mendez e Leandro, uma pensão para os familiares de Mãe Bernadete e possibilidades de parcerias do governo estadual com o Instituto Mãe Bernadete, criado pela família com o objetivo de ser uma plataforma sólida para a elaboração e execução de políticas públicas voltadas para as comunidades tradicionais da Bahia, especialmente os quilombolas.
A Secretaria de Segurança Pública foi procurada três vezes para se posicionar sobre a reunião e o impedimento da participação dos advogados, mas não deu retorno.
Na última segunda-feira (4), dia em que a Secretaria de Segurança Pública fez uma coletiva para apresentar as três prisões por envolvimento na morte de Mãe Bernadete, Jurandir também chamou a imprensa horas depois, para cobrar a motivação do crime e dizer que ainda não tinha sido recebido pelo governador.
Na ocasião, Jurandir afirmou que soube das prisões pelas redes sociais e questionou o governador Jerônimo sobre a atenção dada à família após o assassinato de Mãe Bernadete. “Quero saber que mal eu fiz para ele. Minha mãe sempre jogou com ele. Até agora ele não me atendeu, espero que ele atenda minha família”, disse, na segunda-feira.
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