quinta-feira, 30 de novembro de 2023

TERREMOTO EM ITAPARICA

 Itaparica, capital da ilha do mesmo nome, está sofrendo ultimamente algo como um terremoto.

A prefeitura resolveu acatar não sei qual Termo de Ajustamento de Conduta com o IPHAN/Bahia ( Importante lembrar que o Iphan/Bahia agora tem um novo superintendente que veio a trabalhar, mesmo) para derrubar duas modestas e discretas “barracas” junto ao forte, sem a menor consideração para as famílias que delas tirem seu sustento, nem para o velho hábito e conforto dos veranistas, turistas e moradores que costumam frequentar este prazeroso pedaço de praia.

Estas barracas foram construídas há mais de 30 anos pela estatal Conder, supõe-se com autorização dos órgãos competentes. Já fazem parte da paisagem sem nunca ninguém se tenha sentido incomodado com sua presença.

Algo mais de que estranho é que um novo projeto está sendo divulgado, assinado pela Domo.Arquitetura. 

Esta empresa parece ser uma empresa de nível nacional, mas não achei o vínculo com excussão de projetos envolvendo centros históricos tombados pela Unesco.



Seria interessante pesquisar para saber qual o conhecimento desta empresa  em centros históricos. O que notamos neste curioso projeto, é que, além de arrancar árvores criando um "microclima micro-ondas" o novo imóvel vira as costas a praia. Digno de reparo também são as muito estranhas placas de gramado. 
O prefeito já contratou quem vai cuidar delas?

Será que os arquitetos baianos são tão incompetentes que não merecem apresentar um projeto que não arranque árvores e não coloque em pleno sol tropical mesas e cadeira de concreto?

Parece que a mesma empresa também tem laços com a Prefeitura de Salvador e uma penca de outros projetos. Praça Cairu, Elevador Lacerda etc.

Será verdade? Qual o motivo desta escolha?

Tem algo de muito podre no reinado da dita Boa Terra...

Felizmente, do lado da razão e tomando em conta o aspecto humano do litígio, contamos com o advogado Alisson Vasconcelos Lopes e



 com o parecer da juíza Geysa Rocha Menezes.

Talvez seja também o caso da Marinha dar seu parecer, já que o espaço depende de sua jurisdição. 

 

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