Itaparica, capital da ilha do mesmo nome, está sofrendo ultimamente algo como um terremoto.
A prefeitura resolveu acatar não sei qual Termo de Ajustamento
de Conduta com o IPHAN/Bahia ( Importante lembrar que o Iphan/Bahia agora tem um novo superintendente que veio a trabalhar, mesmo) para derrubar duas modestas e discretas “barracas” junto ao
forte, sem a menor consideração para as famílias que delas tirem seu sustento,
nem para o velho hábito e conforto dos veranistas, turistas e moradores que costumam
frequentar este prazeroso pedaço de praia.
Estas barracas foram construídas há mais de 30 anos pela
estatal Conder, supõe-se com autorização dos órgãos competentes. Já fazem parte
da paisagem sem nunca ninguém se tenha sentido incomodado com sua presença.
Algo mais de que estranho é que um novo projeto está sendo divulgado, assinado pela Domo.Arquitetura.
Esta empresa parece ser uma empresa de nível nacional, mas não achei o vínculo com excussão de projetos envolvendo centros históricos tombados pela Unesco.
Será que os arquitetos baianos são tão incompetentes que não
merecem apresentar um projeto que não arranque árvores e não coloque em pleno
sol tropical mesas e cadeira de concreto?
Parece que a mesma empresa também tem laços com a Prefeitura
de Salvador e uma penca de outros projetos. Praça Cairu, Elevador Lacerda etc.
Será verdade? Qual o motivo desta escolha?
Tem algo de muito podre no reinado da dita Boa Terra...
Felizmente, do lado da razão e tomando em conta o aspecto humano do litígio, contamos com o advogado Alisson Vasconcelos Lopes e
com o parecer da juíza Geysa
Rocha Menezes.
Talvez seja também o caso da Marinha dar seu parecer, já que o espaço depende de sua jurisdição.
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