quarta-feira, 15 de novembro de 2023

ROMPIMENTO COM ISRAEL



O desenrolar dos últimos acontecimentos sobre a retirada de brasileiros e palestinos da Faixa de Gaza é uma prova de que o governo de Israel ultrapassou os limites da razoabilidade no campo diplomático, o que ensejaria o imediato rompimento de relações com o país em questão. 

Valer-se de um ex-presidente golpista e quase presidiário que age em parceria com um embaixador israelense - que deveria ser expulso do Brasil - com a finalidade de tentar abalar o atual governo, é algo inimaginável nas atuais circunstâncias. A liderança de Lula é reconhecida e respeitada mundialmente, e não seria uma dupla genocida qualquer que iria obstaculizar o retorno de 34 seres humanos da terra arrasada, como de fato ocorreu. 

Vale lembrar que líder terrorista em potencial é o covarde primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu, principal responsável pelo impiedoso massacre de palestinos, com incondicional apoio dos Estados Unidos. Acredito que o Brasil daria ao mundo um exemplo na luta pela paz caso rompesse relações diplomáticas com Israel. Algo tem de ser feito imediatamente com a finalidade de barrar a limpeza étnica  ainda em curso, antes que o mal se espalhe nas nações vizinhas e contamine o resto do mundo. 

Tenho a absoluta convicção de que a maioria da população de Israel, inclusive israelitas espalhados pelo mundo, não concordam com o genocídio que vem sendo praticado contra os palestinos, até porque caracteriza a reedição do holocausto, o que é inaceitável. Não faz sentido que a vingança e o ódio continuem sendo elementos motivadores para a manutenção do lucro, pouco importando a eliminação de milhares de seres humanos, contando sempre com o silêncio e a omissão da inoperante ONU. 

O governo brasileiro não pode nem deve referendar tamanhos descalabros.      


Jorge Braga Barretto

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