terça-feira, 5 de novembro de 2024

BENJAMIN LUSTOSA, DOIS ANOS.

 Baiano de 2 anos se torna o brasileiro mais novo a entrar em sociedade de alto QI

Benjamin Lustosa é de Feira de Santana, a 100 km de Salvador. Ele tem QI de 133 pontos, mais de 40 pontos acima da média da população

Por g1 BA e TV Subaé

23/10/2024 18h53  Atualizado há uma semana

Baiano de 2 anos entra para sociedade internacional de pessoas com alto QI

Um baiano de apenas 2 anos, natural de Feira de Santana, cidade que fica a cerca de 100 km de Salvador, tornou-se o mais novo brasileiro a entrar para a Intertel, sociedade internacional que reúne pessoas de alto Quociente de Inteligência (QI).

O pequeno Benjamin Lustosa é reconhecido, agora, como uma das 1.698 pessoas superdotadas identificadas na Bahia.

Os primeiros sinais de que Benjamin era uma criança com perfil diferenciado surgiram antes do primeiro ano de vida. A mãe dele, a advogada Dayane Lustosa, contou que estava viajando junto com a família, quando notou que o filho começou a falar os números das portas dos apartamentos do hotel em que estavam hospedados.

Inicialmente, ela supôs que o filho poderia estar falando de forma aleatória e acertando por coincidência. Até que o pai resolveu testar, apontando os números um por um, e Benjamin seguiu falando de forma correta. "Esse foi o primeiro susto que tivemos", lembra Dayane.

As altas habilidades do garoto foram reconhecidas neste ano. Ainda antes dos dois anos, Benjamin começou a falar, andar, ler e escrever, inclusive em inglês, antes da média comum para as crianças, surpreendendo a família. Ele também já frequenta escola regularmente.

·        Pequeno gênio: conheça o primeiro baiano a participar de quadro que reúne crianças com QI elevado no programa Domingão com Huck

💡 A superdotação é identificada quando uma pessoa tem um desenvolvimento acima do esperado para a idade ou para a população em uma ou em várias áreas.

💡 O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com dados de 2022, apontou 38.019 estudantes identificados com altas habilidades ou superdotação no Brasil, dos quais 1.698 estão na Bahia, sendo 10 em Feira de Santana.

Acompanhamento



Benjamin Lustosa, de 2 anos, é o brasileiro mais jovem a entrar para a Intertel — Foto: Redes sociais

A criança foi levada a uma neuropsicóloga e a avaliação revelou o que o QI de Benjamin é de 133 pontos. A escala ajuda a avaliar e comparar as habilidades de diferentes pessoas em algumas áreas do pensamento. O QI médio do brasileiro é de 87 pontos.

Após ser identificada a condição, os pais passaram a se preocupar com o futuro da criança. Benjamin tem recebido acompanhamento de especialistas para aprender a lidar com as altas habilidades.

"Ele participa das atividades com os outros colegas, mas quando as professoras sentem que ele já se cansou de determinada atividade, passam outra para ele. A gente tem sentido uma melhora dele", conta Dayane Lustosa.


A neuropsicóloga Marivânia Mota acredita que as instituições de ensino ainda não estão preparadas para lidar com esse público.

"Acontece de o aluno com 10 anos saber mais do que o professor. A orientação para a escola é que se desenvolva um projeto pedagógico individualizado para essa criança”, recomenda.

 

BELOS PARENTES!

 É UM CASO DE POLÍCIA.



domingo, 27 de outubro de 2024

O ESCÂNDALO DO PALÁCIO MONROE

 A história e a controvérsia da demolição do Palácio Monroe, ícone arquitetônico do Rio de Janeiro

O icônico edifício foi derrubado em 1976, sob polêmicas e interesses políticos, após campanhas e decisões do governo militar

Por Quintino Gomes Freire

 -Em uma manhã de 5 de janeiro de 1976, quinze operários da Aghil Comércio de Ferro Ltda chegaram ao centro do Rio de Janeiro para iniciar a demolição do Palácio Monroe, uma das construções mais emblemáticas da cidade. A empresa, sob a propriedade de Antônio Gonçalves da Silva, havia vencido a licitação para desmontar o edifício. Munidos de marretas e britadeiras, os trabalhadores aguardaram a licença oficial da prefeitura, mas começaram a remover objetos de valor, como vitrais e estátuas, entre elas os icônicos leões de mármore esculpidos pelo artista italiano Vaccari Sonino. Hoje, dois desses leões adornam a entrada da Fazenda São Geraldo, em Uberaba, Minas Gerais, enquanto os outros dois estão expostos no Instituto Ricardo Brennand em Recife. As informações são da BBC/Brasil.

 


Raízes históricas e simbolismo do Monroe

O Palácio Monroe teve sua história iniciada em 1903, quando o engenheiro Francisco Marcellino de Souza Aguiar recebeu do presidente Rodrigues Alves a missão de projetar um pavilhão que representasse o Brasil na Exposição Universal de Saint Louis de 1904. Concluído em sete meses, o pavilhão recebeu elogios da imprensa americana e conquistou a medalha de ouro em arquitetura na exposição. Após o evento, foi reconstruído na então Avenida Central (atual Avenida Rio Branco) e inaugurado em 1906, como um símbolo da modernização do Brasil.

Renomeado em homenagem ao presidente americano James Monroe por sugestão do diplomata Joaquim Nabuco, o Palácio foi a sede de grandes eventos, como a 3ª Conferência Pan-Americana. Em sua longa trajetória, abrigou o Senado Federal e foi palco de avanços como a aprovação do voto feminino e as primeiras

Controvérsia e o destino do Monroe 


Na década de 1960, o Palácio Monroe começou a sofrer ataques da imprensa brasileira. Enquanto o jornal O Globo o chamou de “monstrengo” em 1961, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) argumentou a favor da demolição, alegando que a edificação “perdeu significação” e “enfeiava o Rio”. A pressão culminou na ordem de demolição em 1975, pelo então presidente Ernesto Geisel. Um documento enviado por Golbery do Couto e Silva, chefe da Casa Civil, comunicou ao ministro da Fazenda, Mário Henrique Simonsen, a decisão de Geisel, que foi celebrada por O Globo“Por decisão do Presidente da República, o Patrimônio da União já está autorizado a providenciar a demolição do Palácio Monroe,” noticiou o jornal em tom de comemoração.

Conflitos entre preservação e modernidade

A demolição do Monroe dividiu opiniões. De um llado, Lúcio Costa, um dos arquitetos modernistas mais respeitados do Brasil, apoiou a decisão, declarando que a demolição beneficiaria o “desafogo urbano”. Do outro, o Clube de Engenharia, apoiado por personalidades como Roberto Burle Marx, lançou o Manifesto pela Preservação do Palácio Monroe, com adesão de 162 arquitetos e urbanistas. O engenheiro Durval Lobo, que liderou o movimento, enfatizou que o edifício não apresentava problemas estruturais e que sua destruição não beneficiaria o tráfego local. “Nos anos 1970, o Brasil vivia os horrores do golpe de 1964. O manifesto, mesmo sem conseguir manter o prédio de pé, foi um ato de coragem,” destaca o historiador Daniel Levy de Alvarenga.

 

Hipóteses e motivações para a demolição

 

 


A pergunta “Quem demoliu o Monroe?” tem gerado discussões por décadas. Algumas teorias sugerem que a decisão foi motivada por ressentimento pessoal do presidente Geisel, que teria sido preterido para um cargo de confiança durante o governo de Juscelino Kubitschek. Entretanto, Alvarenga considera essa hipótese improvável. “A versão mais aceita atribui a demolição à percepção de que o estilo eclético do palácio e as transformações feitas no projeto original justificavam sua destruição,” afirma.

Outra teoria, a de que o Monroe teria sido derrubado para dar lugar à estação de metrô da Cinelândia, é contestada pelo cineasta Ades Eduardo Ades“O metrô não foi a causa da demolição do Monroe. Sua rota desvia do palácio,” revela Ades, diretor do documentário Crônica da Demolição.

Um símbolo perdido e a visão de um futuro alternativo



A trajetória do Monroe representa as transformações culturais e políticas do Brasil, desde sua construção como símbolo da nova república até a sua demolição sob a égide do regime militar. Para muitos, sua destruição é vista como um símbolo de perda de memória e de valor histórico, uma lembrança de que a preservação cultural nem sempre foi priorizada no país.

Enquanto permanece a discussão sobre o futuro que o Monroe poderia ter tido, sua ausência é sentida tanto por historiadores quanto pela população, que perdeu não só um edifício monumental, mas também um ponto de encontro e um espaço de representação política e cultural. O Palácio Monroe, para seus defensores, foi mais que uma construção; foi uma peça fundamental na identidade histórica e cultural do Rio de Janeiro e do Brasil.

 

 

 

 

MONARQUIA ABSOLUTA

 

 
        Vivemos uma curiosa época. A divulgação é mais importante que o fato. Exemplo. Uma “famosa” troca de parceiro, o que, a rigor, não tem a mínima importância para você e ainda menos para mim  . As redes sociais conseguem que tão insignificante notícia seja veiculada e lida por centenas de milhares de seguidores (sic). O informador virou peça fundamental do quotidiano. Quando se trata da televisão, o patamar chega a nível quase divino.

Anos atrás, minha casa acabava de ser contemplada com o título de Casa-Museu pelo Ministério da Cultura. Uma falsa loura que animava um programa de decoração de interiores me telefona.

“Dimitri! Vi sua casa na Casa Vogue! É linda! Maravilhosa! Vamos fazer um programa especial? ” Disfarçando minha ironia, respondi: ”Sim! Claro, querida! Mas me diga: quanto vão me pagar para filmar minha casa? ”... Silêncio... “Mas pagar? Como assim? ” conseguiu articular a moça. “Mas evidente. Afinal esta casa é fruto de anos de trabalho meu.  Quanto vocês ganham com os intervalos comerciais? Nada é de graça nos canais comerciais. Então, é normal que eu também receba parte da grana”. A falsa loira desligou quase chorando.

Outra vez, outra voz, outro canal. Outra falsa loira. “Oi!... Dimitri? Daqui é Fulana. Com certeza deve assistir a meu programa. Soube de seu concurso de cafezinhos. Você faz um trabalho fantástico com estes maravilhosos carrinhos! Que fantástico! Puxa! Que iniciativa legal, genial! Venha cá... Daria para você reunir uns vinte vendedores, com os carros mais bonitos, claro, na Praça da Piedade, na próxima quinta-feira ás 13h00? ” Já estou sentindo se aproximar a curtição de debochar da famosa. ”Sim, claro que posso. Mas vai ter um custo, porque terei que fazer uma seleção, correr à procura dos escolhidos. Vai ser trabalho para mim. Para eles, trabalho de graça, mas para seu canal, claro que não. Eles vão ter que deixar de vender os cafezinhos, portanto também terão que receber um pró-labore.”. A famosa se engasgando, lá em São Paulo. “Mas não temos verba para isso! ”. Tive que repetir o mesmo discurso que para o programa de decoração. Para televisões comerciais, não trabalho de graça, de jeito nenhum.

Aquela jornalista era morena, jovem e bonita, mas, a serviço da Globo, “se achando”. No meio do concurso de carros de cafezinhos, nas traseiras do Mercado Modelo, se permitiu obrigar um concorrente a sair da fila para entrevistà-lo, sem pedir licença aos organizadores.

Sou de pavio curto. Rodei a baiana, perguntando com que direito interferia no meu trabalho, lembrando que o fato é sempre mais importante que sua divulgação. A moça espumava de raiva, representando naquele momento, só faltando a tiara, a Monarquia Absoluta New Age.

E como sou democrata de raiz...

 Dimitri Ganzelevitch

A Tarde, 26 de outubro 2024

 

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

UMA CLARINETA PARA MOZART



Praised for his “magnetic playing” (Cristian Macelaru), Carlos Ferreira is hailed as one of the most proclaimed clarinetists of our time. Prize winner at the ARD International Competition in Munich, the Geneva International Competition and of the WEMAG Soloist Prize at the Festspiele Mecklenburg-Vorpommern, Carlos Ferreira captivates audiences with his artistry, refined sound and stage presence. 

Carlos has been selected as a European Concert Hall Organisation (ECHO) Rising Star for the 2024/25 season. As such, he will will perform in some of Europe’s most prestigious concert halls. In 2020, Carlos Ferreira joined the Orchestre National de France as Principal Clarinet. Previously he held the same position with the Philharmonia Orchestra in London and the Orchestre National de Lille. 

In addition to his engagements with the Orchestre National de France, Carlos enjoys an extensive international career as soloist and chamber musician, performing at the at the world’s major festivals and venues. As soloist, Carlos appeared with the Orchestre National de France, the the Münchener Rundfunkorchester, the Orquestra Filarmónica Portuguesa, the “Transylvania” State Philharmonic Orchestra, the Münchener Kammerorchester, the Orchestre de Chambre de Genève and the Collegium Musicum Basel, always delivering deeply moving performances. 

As a chamber musician, he has worked with world-renowned musicians such as Hilary Hahn, Alice Sara Ott, Emmanuel Pahud, Eric le Sage, Paul Meyer, Lise Berthaud, Pierre Fouchenneret, Sarah Nemtanu, Quatuor Hermès, Timothy Ridout, Frank Duprée, Nika Goric, Karen Gomyo, Julia Hagen and Sao Soulez-Larivière. 

Member of the Academy of the Royal Concertgebouw Orchestra in 2016, Carlos Ferreira pursued his orchestral career at first with the Orchestre Philharmonique de Monte-Carlo as Principal E-flat Clarinet. Born in Paredes, Portugal, he received a scholarship from the Calouste Gulbenkian Foundation while studying at the Reina Sofía School of Music in Madrid, in the class of professors Michel Arrignon and Enrique Pérez Piquer. 

He later joined the Conservatorium van Amsterdam in the class of Arno Piters, and the HEMU of Lausanne in the class of Florent Héau. In Portugal, he was a student of José Ricardo Freitas at the José Atalaya Music Academy and ARTAVE, having completed his degree with Nuno Pinto at the Porto Superior School of Music and Performing Arts (ESMAE). 

His first joint album with the pianist and composer Pedro Emanuel Pereira titled “XX-XXI” was released in November 2022. Carlos Ferreira is a Buffet Crampon Artist.

LIBERTÉ