segunda-feira, 3 de julho de 2017

DISNEYLANDIZADO

Regina Guimarães: "O Porto está deploravelmente disneylandizado"


"Desobedecer às indústrias culturais" é o nome do livro que a escritora e videasta Regina Guimarães apresenta amanhã, quinta-feira, às 18.30 horas, no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra.
A obra aborda a realidade do Porto e dá exemplos de coletivos que por lá vão trilhando caminhos alternativos, com liberdade de criação e rejeição da mercantilização da arte.
São mais de 20 os coletivos portuenses apontados como escapando à lógica dominante. Entre eles estão a livraria-cafetaria Gato Vadio, que põe a tónica na independência, a associação cultural A Cadeira de Van Gogh, que se mantém por "carolice" de alguns associados, ou a editora Edições 50 kg, de Rui Azevedo Ribeiro, que a assume como "um capricho", pois "não é rentável".
Questionada sobre se a cidade onde nasceu se mantém, pois, culturalmente viva, não acomodada, Regina responde de forma clara, por escrito: "Sem querer ser bairrista, o Porto é uma cidade que tem sido forçada a resistir aos maus tratos do poder central. Mas não embandeiremos em arco. Neste momento o Porto está deploravelmente disneylandizado e poucas vozes se levantam contra esse espezinhamento do(s) espírito(s) do lugar".
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