Algumas vozes ousam
escancarar o que significa os 10, 15 dias de carnaval na Barra, sobretudo os
quatro dias de desfiles oficiais. José Serrão é uma delas. Morador e defensor
de seu bairro, mostra e prova o ataque e a destruição a que são submetidos os
moradores e a infra-estrutura do bairro.
Cita calçadas e calçadão, luminárias,
o lixo que chega ao mar, plásticos, urina, fezes, em grandes quantidades, já
que, diferente do carnaval do Centro, que espalha (ou espalhava? Ainda existe
carnaval no centro?) esses detritos por uma longa extensão, da Praça da Sé ao
Campo Grande, na Barra tudo acontece entre o Porto e o Farol, em via única,
gerando um inacreditável volume de lixo e esgoto a céu aberto.
O volume do som também
chega a índices desumanos. Que se danem a grande concentração de bebês e
idosos, clínicas e o principal hospital maternidade da cidade. Casa e vidraças
tremem na passagem dos trios, verdadeiros salões, sala de shows, sabe-se lá,
verdadeiras, isso sim, empresas sobre rodas.
Claro que a concentração desses
veículos no velho calçamento, circulando bem próximos às edificações, rente com
as janelas, varandas e fiação, faz a felicidade de foliões, que, fazendo coraçãozinhos com as mãos para a passagem
da Ivete, tentam aproveitar a festa ao Rmáximo,
ao máximo mesmo. O resto que se dane. Afinal, vieram de longe,do
interior de São Paulo, do rio Grande do sul, ou, a maioria de Plataforma,
Lobato, Cajazeiras. A Barra que se dane.
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