Em alguns dias do ano, no Cemitério Britânico de Madri, um pequeno campo-santo além da rodovia M-30, são oferecidas visitas guiadas gratuitas. Três grupos de 30 pessoas por vez: esse é o limite. Logo cedo, em uma manhã de domingo de outono, em frente à fachada de tijolos com o brasão esculpido do Reino Unido, as pessoas começam a formar fila. Aberto em 1853 para dar sepultura a britânicos que não podiam ser enterrados em cemitérios católicos, esse local de apenas 1 hectare desperta fascínio entre locais e visitantes.
Foi no início do século XX que se permitiu o sepultamento de pessoas de outras confissões no cemitério. É na parte judaica, acima de cruzes e lápides e à sombra de uma enorme árvore, que se encontra o único mausoléu monumental. Ele é de estilo neoegípcio, feito de granito e possui inscrições em hebraico. Na porta, em letras maiúsculas, podemos ler o nome da família proprietária, Bauer.
"O poder econômico e político que os Bauer mobilizaram na Espanha foi imenso. Considere-se que os Rothschild foram os maiores investidores da história do nosso país: construíram grande parte das principais linhas ferroviárias (sua empresa, MZA, tinha como base em Madri as estações de Atocha e Las Delicias); controlavam duas empresas de mineração (Río Tinto e Peñarroya); e foram os principais credores do governo e do Banco da Espanha. Os Bauer eram seus representantes e negociadores no mais alto nível", revela à AD o professor Miguel A. López-Morell, que elaborou uma tese de doutorado sobre as atividades financeiras dos Rothschild na Espanha e, hoje, fornece pistas sobre as posses da família Bauer.
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