sábado, 5 de novembro de 2016

IMPLICADO NA LAVA-JATO, MAS...

Romero Jucá é escolhido para ser o novo líder do governo no Congresso

No governo Temer, Jucá ficou apenas 12 dias no Ministério do Planejamento. 
Caiu por causa de conversa gravada por ex-presidente da Transpetro.



Resultado de imagem para FOTOS DE ROMERO JUCAO senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, foi escolhido para se tornar líder do governo no Congresso no lugar da senadora Rose de Freitas. 
Entra governo, sai governo, ele está sempre ali, como líder. Foi assim com Fernando Henrique Cardoso, com Lula, com Dilma Rouseff. Histórico que ele exibe logo no primeiro parágrafo de seu currículo.

No governo de Michel Temer, Romero Jucá virou ministro, mas não vingou. Ele durou apenas 12 dias no Planejamento.
Caiu por causa de uma conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Jucá aparece sugerindo ação contra a Lava Jato: “Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. Tem que ser política. Advogado não encontra solução pra isso não. Se a solução é política, como é política? Tem que resolver essa ***. Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.”

Jucá perdeu o cargo. Saiu de cena, com sua coleção de inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Sete, sendo dois da Lava Jato. Ele reassumiu o mandato de senador.

Nos bastidores, seguiu no ofício que mais domina: ajudar o governo na articulação política. Mas o anonimato nunca foi o forte de Jucá. E ele reconquistou um lugar de destaque no poder. Queria e conseguiu ser convidado para assumir a liderança do governo no Congresso.

Um dos poucos parlamentares que estavam no Senado nesta quinta-feira (3) criticou a escolha. “Se não serve para o ministério, foi afastado de lá, serve para a liderança do governo no Congresso? E de outro lado: isso não contamina o próprio governo? Não atrai dificuldades e desgaste para o governo?”, questionou o senador Alvaro Dias (PV-PR).
O Planalto alega que Jucá e outros aliados com problemas na Justiça não são condenados. Com essa nomeação, o governo sinaliza que está afastada a possibilidade do retorno de Jucá a um ministério.
Ao mesmo tempo formaliza sua relevância como operador político, mas dentro de seu habitat, o Congresso. O cargo de líder do governo dá a Jucá o status de interlocutor do presidente Temer para encaminhar projetos, negociações e votações de interesse do governo.
O Jornal Nacional procurou o senador Romero Jucá, mas ele não quis comentar a indicação para o cargo de líder.

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