sexta-feira, 15 de março de 2019

O PAIOL DO LESSA

“Recebi aqui algumas fotos do Eduardo Bolsonaro portando fuzis com a pergunta de onde ele os teria adquirido. Isso é importante sim, mas não é o ponto principal. Mas vou explicar de onde vem e porque os militares da reserva mandam nesse governo.
O paiol do Lessa hoje apreendido com 117 fuzis M16 talvez seja a maior apreensão de armas contrabandeadas já registrada no Brasil. Que isso não seja uma manchete já põem em dúvida a compreensão da imprensa do ocorrido. Estas, a M16, estão entre as armas mais letais que se pode encontrar na guerra. Para se ter uma ideia, ela pode perfurar 5 paredes de uma edificação. Alguém está surpreso com as mortes por balas perdidas?
Existem 13 M16 oficialmente em Minas Gerais, o terceiro maior estado da "Pátria". As fotos revelam que ele era um receptador de armas modificadas utilizadas pelas Forças Armadas americanas. Tinha o corpo da arma, e caixas com molas e outras peças para montar conforme o pedido. Isso qualquer analista meia boca pode ver e compreender que ele era um distribuidor nacional. O cara estava cagando para ideologia, o interesse é o negócio do tráfico, esta é a classe a que ele pertence. O Brasil não falha na hora do tráfico. Mas quem as importa?
O problema maior não é o Eduardo, mas as Forças Armadas. Você não faz contrabando de armas nessa escala, com um grande distribuidor, sem o apoio declarado de alguns Generais.
O que fica evidente é a conexão entre os milicianos Bolsonarianos e os generais da reserva que ocuparam o governo, e nisso estou falando principalmente do General Mourão e do General Heleno, e o tráfico de armas internacionais. Pelo jeito essa é o resultado do estágio no Haiti desse grupo.
Estamos falando de uma verdadeira estrutura social e econômica paramilitar que coopta o poder político. Gostaria muito de ver a declaração de imposto de renda do General Mourão. O Eduardo Bolsonaro é apenas um efeito colateral do tráfico de armas patrocinados pelos militares no governo.
Mourão poderia calar a boca um pouco, falar menos de previdência, e explicar melhor como esse paiol chegou aqui. Isso é diretamente ligado a seara dele e ele sabe muito bem do que se trata, só de olhar as fotos. É uma violência contra todos os brasileiros e aí não posso me furtar em qualificar: todos os brasileiros do bem.”
Ricardo Sardenberg

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